Publicado em 5 de novembro de 2019 às 13:47
O óleo que atinge a região Nordeste e que pode chegar ao Espírito Santo nos próximos dias será pescado. Literalmente. Isso porque os municípios e demais voluntários que estão sendo capacitados estão recebendo orientações de remover o material com a utilização de redes. >
O novo método já foi passado a militares do Exército e da Marinha que receberam, nesta terça-feira (5), uma capacitação para combate ao óleo caso chegue à costa capixaba. Segundo o oceanógrafo do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Pablo Prata, o método já foi utilizado em experiências no Nordeste e será aplicado no Estado, se necessário.>
Nessa capacitação de hoje já tem um material novo que já fala em como pescar o óleo no mar. Existe um guia com alguns procedimentos orientando como pescar esse óleo no mar. Já tiveram experiências de sucesso e que podem ser feitas aqui no Espírito Santo, explica.>
De acordo com Prata, ao serem avistadas na praia, as manchas de óleo podem ser removidas por redes mais finas, possibilitando uma limpeza mais célere em locais eventualmente afetados. >
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Antes de o óleo chegar à costa, se utiliza essa rede de malha mais fina, chamada de rede de balão. E, com embarcações ou pessoas, você cerca esse óleo, aprisiona ele com a rede e traz para a praia. Ou seja, chega numa forma mais pontual do que se estivesse espalhada. A limpeza é mais célere, disse. >
Ainda de acordo com o oceanógrafo, o óleo que pode chegar ao Estado está em formato de floco, em pequenos pedaços da mesma forma que está sendo registrado no Sul da Bahia. Desta forma, o método de pesca terá sucesso. >
O óleo apresenta uma consistência de mousse, uma forma pegajosa. Mas percebemos uma tendência desse óleo. A partir de Ilhéus, ele está vindo em forma de flocos. É assim que está aportando nas praias mais ao sul da Bahia. Caso chegue ao Estado, essa é a forma que a gente vai encontrar nas praias. Em flocos, no tamanho de moedas de um real, explicou.>
Uma outra preocupação dos órgãos ambientais é com o movimento da desova das tartarugas. Segundo Prata, isso exige cuidado durante as ações de limpeza nas praias. >
O pico de desova da tartaruga começou agora em novembro. E as praias do Norte do Estado, que são as primeiras a serem atingidas, são as que têm muita desova. Então é preciso cuidado ao manusear equipamentos na praia, transitar com máquinas. O cuidado tem que ser redobrado, contou. >
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