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Autoridades estimam que óleo pode chegar a praias do ES em 5 dias

Autoridades estimam que óleo pode chegar a praias do ES em 5 dias

Cálculo leva em conta a distância percorrida pelo resíduo e aparecimento em outras praias, mas pode mudar em função das correntes marítimas do Sul da Bahia. Manchas de óleo já chegaram a praias de Porto Seguro (BA)

Publicado em 31 de outubro de 2019 às 22:41

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Praia de Itaúnas, Parque Estadual de Itaúnas. (Ademir Luis Possatt)

Após a chegada das manchas de óleo a praias de Porto Seguro, município mais ao Sul da Bahia atingido pelo problema, autoridades estimam que o litoral do Espírito Santo deve ser afetado em 5 ou 6 dias. O cálculo leva em conta a distância percorrida pelo resíduo e aparecimento em outras praias.

No último dia 29, por exemplo, foi registrada a presença do produto nas praias de Belmonte, localizadas a cerca de 70 quilômetros, em linha reta, das praias de Porto Seguro. São em torno de 35 quilômetros percorridos em um dia.

Outro exemplo vem da tabela de localidades atingidas, divulgada pelo Ibama. No dia 23 de outubro o último registro foi na cidade de Acuípe, em Ilhéus. Oito dias depois temos o avistamento das manchas, nesta quinta-feira (31), em Porto Seguro, a uma distância em linha reta de cerca de 220 quilômetros, em torno de 35 quilômetros por dia.

A praia de Itaúnas, em Conceição da Barra, está localizada a cerca de 230 quilômetros (em linha reta) de Porto Seguro. E pode ser a primeira a sofrer o impacto das manchas de óleo. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) já sinalizou que o alerta para acionar o plano de ação emergencial ocorrerá quando as manchas forem avistadas em Caravelas, na Bahia, que está a 93 quilômetros de distância (em linha reta) de Itaúnas.

Mas é destacado que a incógnita na chegada das manchas de óleo ao Estado ainda reside nas correntes que atuam na região Sul da Bahia, e que pode mudar a rota das manchas em outra direção.

Mas antes de chegar ao Espírito Santo, as manchas terão que atingir o Arquipélago de Abrolhos, no Sul da Bahia, onde o monitoramento passou a ser intensificado. Uma área de cerca de 22 mil quilômetros quadrados, equivalente ao estado de Sergipe, passou a receber atenção especial, com o objetivo de ampliar a visualização de manchas óleo e o realizar seu recolhimento, caso detectadas.

Área no Arquipélago de Abrolhos monitorada para avistamento das manchas de óleo. (Marinha do Brasil)

A informação foi divulgada na tarde desta quarta-feira (30) pelo O Grupo de Avaliação e Acompanhamento (GAA), formado pela Marinha do Brasil (MB), Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Estão sendo utilizados na região a frota de navios da Marinha e da Petrobrás. Também estão sendo mobilizados barcos pesqueiros, bem como todas as embarcações em trânsito na região, que serão orientadas pelo canal de rádio dos navios da Marinha nas proximidades do Arquipélago de Abrolhos, em português e inglês, por meio da seguinte mensagem.

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O aviso a eles sairá no Aviso Rádio: “Todas as embarcações navegando nas proximidades do Arquipélago de Abrolhos, solicita-se informar o avistamento de manchas de óleo no mar, registrando a sua posição, data e hora do avistamento, para a autoridade marítima na área, pelos telefones 185 ou 71 3507-3730 e-mail [email protected]”.

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