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Publicado em 9 de outubro de 2025 às 14:01
Diante dos desafios de manter a atenção dos alunos em meio a telas e dispositivos eletrônicos, professores têm recorrido a métodos alternativos de ensino. Pensando nisso, a startup capixaba EducaMeeple apostou em transformar conteúdos escolares em jogos de cartas e tabuleiros.>
O criador da ideia é o professor de física Maik Caliari, diretor executivo da empresa, que utilizou o entretenimento em sua dissertação de mestrado. Ele fez a graduação e, posteriormente, o mestrado no Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), campus de Cariacica.>
“A minha ideia era tirar esse projeto da biblioteca, porque corria o risco de ficar na prateleira e, dessa forma, apenas algumas pessoas teriam contato. Depois de defender a tese, procurei verba de fomento para criar a empresa”, relata Caliari. >
O designer dos jogos é André Luiz Silva Negrão. Os dois estão participando da 5ª Semana Nacional de Educação Profissional e Tecnológica (SNEPT), que acontece até esta quinta-feira (9), no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.>
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O trabalho está entre os seis projetos expostos na vitrine da Educação Profissional e Tecnológica, um espaço dedicado a projetos fomentados diretamente por ações da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do (Setec) do Ministério da Educação (MEC).>
O empresário participa de muitos eventos no Espírito Santo e esta é a primeira vez que leva os jogos lúdicos para serem mostrados fora do Estado. A startup foi indicada para participar do evento em Brasília, mas mesmo assim precisou fazer uma apresentação para se garantir no espaço.>
A empresa foi criada há quatro anos, com apenas jogos da disciplina de Física. Com o tempo, professores de outras disciplinas passaram a pedir o entretenimento. O portfólio conta, hoje, com oito jogos, de ciências, biologia e matemática, por exemplo. >
Um deles é o "Biomas", que usa a lógica do jogo da memória para associar cada espécie ao seu respectivo habitat. Outro jogo é o "Carbono Zero", que pode ser jogado por duas a quatro pessoas. Durante três rodadas, cada jogador comprará cartas para expandir sua cidade, buscando diminuir o carbono gerado e aumentar a qualidade de vida.>
Há ainda o "Ciclo dos Bichos", um jogo educacional que ensina o ciclo de cadeia alimentar. Cada carta representa um animal, planta ou fungo. O objetivo é pegar cartas, dominar a cadeia alimentar e acumular a maior quantidade possível de cartas, até que ninguém consiga mais pegá-las.>
Além de participação em eventos, a startup participa de editais de fomento para garantir o financiamento e ampliação dos trabalhos. O primeiro documento em que empresa de inovação participou foi o Programa Centelha-ES, da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes). A EducaMeeple ficou incubada no Ifes de Vila Velha e agora se prepara para ocupar um espaço no Hub ES+.>
“Com algumas verbas de fomento, conseguimos produzir os jogos, que são doados para escolas de periferia e também vendidos na nossa loja on-line. Os próximos passos são ter um jogo de cada matéria, tentar um acordo com escolas públicas, entre outras iniciativas. A gente também está aprendendo como funciona os processos de licitação”, comenta.>
A EducaMeeple é um dos 30 negócios inovadores selecionados pelo Programa Seedes, primeiro programa público de aceleração de startups do Espírito Santo. O evento de lançamento da Aceleração será no dia 13 de outubro, às 15h.>
A repórter viajou a convite do MEC.>
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