Repórter / anunes@redegazeta.com.br
Publicado em 10 de outubro de 2025 às 19:21
Em uma assembleia realizada nesta sexta-feira (10), servidores públicos do Espírito Santo decidiram, por unanimidade, manter a greve iniciada nesta semana. Eles reivindicam a reestruturação das carreiras e correção de perdas salariais, mas não conseguiram acordo com o governo do Estado. Com isso, serviços voltados à população, como liberação das carteiras de habilitação e licença ambiental, seguem em ritmo mais lento diante da redução das equipes nas 14 secretarias e autarquias que aderiram ao movimento.>
O Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Estado do Espírito Santo (Sindipúblicos) afirma que, depois da reunião na segunda-feira (6) com o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB), as negociações não avançaram e, por isso, seguem em greve. Uma nova assembleia está programada para a próxima sexta (17) para avaliar se o movimento vai ser ou não mantido. A Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger) foi procurada pela reportagem de A Gazeta, mas informou que, no momento, não há encontro marcado com representantes do funcionalismo. >
Além das reivindicações que já estavam em pauta, o Sindipúblicos ressalta que as categorias representadas, que envolvem cerca de 3,8 mil servidores, consideram que há um tratamento diferenciado para alguns grupos e citou, como exemplo, o aumento concedido a delegados da Polícia Civil e auditores fiscais. >
O Sindipúblicos explica que muitas das atividades paralisadas durante a greve não representam atendimento direto à população, mas, com o passar dos dias, os impactos já são observados, como um prazo maior para obter licenciamento ambiental do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), ou para a liberação da habilitação pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Serviços nas escolas estaduais e atividades que envolvem produtores rurais também foram afetados. >
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O sindicato ressalta que está respeitando a legislação, que determina que pelo menos 30% das atividades sejam mantidas. Mas pontua que, se numa equipe há profissionais em Designação Temporária (DTs) ou terceirizados, são eles que vão ficar prioritariamente realizando o serviço. "O servidor efetivo está mobilizado pela greve e participativo", destaca. >
A proposta apresentada pelo Sindipúblicos ao governo, após estudo técnico das carreiras da base ativa, busca corrigir perdas salariais e valorizar os profissionais. O sindicato afirma que a repercussão na folha de pagamento do Estado não passaria de 1%, mas teria grande impacto na vida dos servidores.>
Em nota divulgada na terça-feira (7), a Seger reforçou que o governo do Estado mantém diálogo aberto e constante com as representações dos servidores públicos. >
"Além dos reajustes gerais, a atual gestão adotou diversas medidas de valorização dos servidores, como o aumento do auxílio-alimentação, a atualização dos valores das diárias para viagens a serviço e reajustes de 10% para carreiras em extinção na vacância. Também é importante destacar que os planos de cargos e carreiras em vigor preveem progressões e promoções, que resultam em aumento de remuneração e impactam diretamente na evolução da folha de pagamento.">
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