Repórter / labrantes@redegazeta.com.br
Publicado em 12 de maio de 2025 às 14:35
Com expectativa de retomar 100% da capacidade produtiva até 2028, a Samarco prevê investir R$ 13 bilhões nos próximos anos. Essa etapa, chamada de Momento 3, contempla a reativação das usinas de pelotização 1 e 2, em Ubu, Anchieta, litoral do Espírito Santo. Também inclui a reativação da Usina de Beneficiamento 1 e a instalação do Sistema de Filtragem 3 no Complexo de Germano, em Minas Gerais.
As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (12), em uma live com investidores sobre os resultados do primeiro trimestre de 2025. Segundo a empresa, o projeto de retomada ainda está em revisão, e o montante precisa ser aprovado até o final do ano pela governança e Conselho de Administração da Companhia.
Atualmente, estão em funcionamento as usinas de pelotização 3 e 4, em Ubu, sendo que a última a entrar em atividade, quase nove anos depois do rompimento da barragem em Mariana (MG) foi a usina 3, em agosto de 2024. Assim, alcançou 60% da sua capacidade produtiva.
A empresa atingiu, nos três primeiros meses deste ano, produção recorde desde a retomada operacional com 3,2 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério de ferro frente aos 2,9 milhões de toneladas produzidas no quarto trimestre de 2024. O aumento da produção deveu-se à entrada dos ativos, no final do ano passado, que resultaram no alcance de 60% da capacidade produtiva instalada.
“Os números de produção do primeiro trimestre de 2025, recorde desde a retomada das nossas operações, confirmam o esforço da Samarco em antecipar em quatro meses o início de operação do projeto de alcance de 60% da capacidade produtiva instalada. Atingimos um recorde de produção em um momento de ramp-up do concentrador que entrou em operação em dezembro de 2024”, destacou o diretor financeiro da empresa, Gustavo Selayzim.
Além de resultados operacionais e estimativas financeiras, a apresentação também abordou números de saúde e segurança e mostrou o andamento do processo de descaracterização da barragem de Germano com 88% de conclusão e expectativa de ser finalizado em 2026, antes do prazo acordado com os órgãos competentes para 2029.
Os números relativos às obrigações com o processo de reparação da Bacia do Rio Doce também foram abordados com a apresentação dos valores destinados no primeiro trimestre deste ano. Dos US$ 265 milhões aplicados na reparação, cerca de USS 13 milhões foram custeados pela Samarco e o restante pelas acionistas, Vale e BHP. É importante ressaltar que os pagamentos da Samarco permanecerão limitados a US$ 1 bilhão até 2031, reforçando o compromisso da empresa e das suas acionistas no acordo assinado no âmbito da Recuperação Judicial, em 2023.
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