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Petroleiros do ES vão entrar em greve a partir deste sábado

Petroleiros do ES vão entrar em greve a partir deste sábado

Refinarias de petróleo, unidades de produção em terra e no mar e a distribuição serão afetados. Os trabalhadores adeririam ao movimento nacional que questiona a demissão de quase 1.000 trabalhadores de uma subsidiária da Petrobras

Publicado em 31 de janeiro de 2020 às 21:45

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Estação de tratamento de petróleo de Fazenda Alegre da Petrobras em Jaguaré. (Carlos Alberto Silva)

Petroleiros do Espírito Santo afirmaram que entrarão em greve por tempo indeterminado a partir deste sábado (1º), segundo o sindicato da categoria, Sindipetro. O movimento é nacional e teve aprovação de 13 entidades filiadas à Federação Única dos Petroleiros (FUP). A categoria reivindica a revisão do fechamento da fábrica da Fafen no Paraná e o cumprimento de cláusulas de Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) da Petrobras e de suas subsidiárias.

"Fomos surpreendidos com um descumprimento grave do nosso acordo coletivo que foi firmado em mediação com o TST (Tribunal Superior do Trabalho). Ao todo, 396 trabalhadores da Ansa (fábrica de fertilizantes do Paraná) e mais de 600 terceirizados foram dispensados", afirmou o  coordenador-geral do Sindipetro, Valnísio Hoffmann.

Hoffman disse que as refinarias de petróleo, unidades de produção em terra e no mar e a distribuição serão afetados. Ele não afirmou, no enquanto, quais delas devem parar efetivamente. "Estrategicamente não podemos divulgar senão a Petrobras acaba se preparando. As assembleias foram feitas em todas as unidades. Todas estão preparadas para ir para a greve. Escolheremos estrategicamente as unidades onde será deflagrada", explicou.

Mesmo com a greve, os petroleiros garantem que vão manter o abastecimento de combustíveis, para não prejudicar a população. "Temos o compromisso com a sociedade para não prejudicá-la. Bloqueios e até paradas na distribuição obedecerão um percentual mínimo de abastecimento", afirmou.

O representante da categoria afirmou os petroleiros vão realizar atos mas que as manifestações não ocorrerão nas ruas e, sim, nas unidades administrativas e operacionais.

O QUE DIZ A PETROBRAS

Em nota, a Petrobras considerou descabido o movimento e disse que "todos os compromissos assumidos na negociação do ACT 2019-2020 vêm sendo integralmente cumpridos". 

"A Petrobras considera descabido o movimento grevista anunciado pela FUP, pois as justificativas são infundadas e não preenchem os requisitos legais para o exercício do direito de greve. Os compromissos pactuados entre as partes vêm sendo integralmente cumpridos pela Petrobras em todos os temas destacados pelos sindicatos", disse a petroleira.

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