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Itapemirim‌ ‌cancela‌ voos e frustra clientes antes de estrear braço aéreo

Itapemirim‌ ‌cancela‌ voos e frustra clientes antes de estrear braço aéreo

Nas redes sociais,  Itapemirim Transportes Aéreos (ITA) foi alvo de reclamações por parte dos clientes; empresa alega readequação da malha para o mês de julho

Publicado em 22 de junho de 2021 às 09:15

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ITA ofertará voos em Vitória a partir de 1º de setembro
Itapemirim tinha voos previstos a partir da próxima semana. (Divulgação/Itapemirim)

Com estreia dos voos comerciais prevista para a próxima semana, a Itapemirim Transportes Aéreos (ITA), nova companhia aérea brasileira criada pelo Grupo Itapemirim, tem sido alvo de diversas reclamações de consumidores. Alguns dos voos, para os quais as passagens já haviam sido vendidas, foram cancelados sem explicações. Outras pessoas se queixaram de terem tido os bilhetes remarcados sem aviso.

Nas redes sociais, clientes que tinham adquirido as passagens têm mostrado insatisfação em relação à postura da empresa, que recebeu, há um mês, a autorização final da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para começar a operar voos comerciais regulares no país.

Consumidores reclamam após cancelamento de passagens
Consumidores reclamam após cancelamento de passagens. (Reprodução/Instagram)

Os clientes têm se mostrado chateados com a falta de informações e com a dificuldade de remarcação das passagens, que não seria possível pelo site. Já o atendimento via call center foi considerado demorado.

Consumidores reclamam após cancelamento de passagens
Consumidores reclamam após cancelamento de passagens. (Reprodução/Instagram)

Após a aprovação da outorga de concessão pela Anac, em abril, a companhia chegou a confirmar um cronograma com 35 destinos previstos até junho de 2022. O voo inaugural seria realizado no dia 29 de junho, entre os aeroportos de Guarulhos (SP) e Brasília (DF), com a renda revertida para instituições beneficentes.

Já a partir do dia 30 do mês que vem estavam previstas as operações comerciais em sete cidades: Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Guarulhos (SP), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA). Voos a partir de Vitória, ou com destino à Capital, seriam liberados somente em 1º de setembro.

À época, a ITA esclareceu que novos destinos seriam incorporados a malha da empresa a cada mês, a medida que mais aeronaves estivessem disponíveis.

Em nota, a companhia área informou, nesta segunda-feira (21), que fez uma readequação da malha para o mês de julho, o que exigiu o cancelamento de alguns voos. As mudanças, segundo a empresa, fazem parte do processo estrutural para o lançamento da companhia aérea no mercado nacional.

“Todas as bases e rotas foram mantidas, mantendo o compromisso da ITA em atender a oito destinos nacionais já em seu primeiro mês de operação. Todos os passageiros afetados pelas mudanças estão sendo assistidos de acordo com as regras da Anac. A ITA reforça seu compromisso com a prestação de serviço de excelência aos seus clientes”, destacou.

RECUPERAÇÃO JUDICIAL

A ITA foi criada no ano passado para ser um braço do grupo Itapemirim no transporte aéreo. O novo negócio surgiu sob desconfiança do mercado, tendo em vista o processo de recuperação judicial enfrentado desde 2016 pelo conglomerado fundado por Camilo Cola em 1953 e vendido para o empresário paulista Sidnei Piva em 2016.

Entretanto, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), esses acontecimentos não influenciaram a certificação da empresa como operadora aérea. "A análise da ANAC é estritamente técnica e considera o cumprimento das normas de aviação vigentes na agência", esclareceu.

Além do turbulento processo de recuperação judicial, a companhia nasce em meio à maior crise do setor aéreo de todos os tempos, em função da pandemia do coronavírus, que, no último ano, reduziu a demanda por voos no mundo inteiro.

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