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Hotel Canto do Sol será demolido para obra de condomínio de luxo em Vitória

Hotel Canto do Sol será demolido para obra de condomínio de luxo em Vitória

Nova dona do terreno de 11.125 m² situado em Jardim Camburi, construtora detalha como será o processo de demolição do prédio que é ícone da hotelaria no Estado

Publicado em 13 de março de 2024 às 18:32

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Tradicional Hotel Canto do Sol reabre as portas na Orla de Camburi, em Vitória
Hotel Canto do Sol está fechado desde 2015. (Carlos Alberto Silva)
João Barbosa
Repórter / [email protected]

Vendido para a Mivita Construtora para dar lugar a um condomínio de luxo em Jardim CamburiVitória, o Hotel Canto do Sol será demolido em 2025. Nova dona do terreno de 11.125 metros quadrados (m²), situado de frente para o mar, a empresa confirmou à reportagem de A Gazeta a compra do espaço e os próximos passos para a readequação do local.

Inaugurado em 1983 como Porto do Sol, o Canto do Sol foi ícone da hotelaria capixaba nos anos 1980 e 90 e está fechado desde 2015. Agora, o hotel terá seus 13 andares demolidos de forma mecanizada, com o auxílio de guindastes e miniescavadeiras com martelos rompedores acoplados. A previsão é que o processo dure seis meses.

Segundo Renan Machado, diretor de Obras da Mivita, a demolição será feita de cima para baixo, andar por andar, e seguirá todas as normas exigidas para garantir a segurança da estrutura e dos imóveis do entorno.

“Não haverá implosão, uso de dinamites, nem nada que possa trazer risco para a comunidade. É um trabalho mais demorado, já muito realizado em grandes centros urbanos que têm poucas áreas livres para construção, exatamente por reduzir o impacto no entorno dos imóveis a serem demolidos”, detalha.

Hotel Canto do Sol será demolido para obra de condomínio de luxo em Vitória
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Trata-se de uma técnica conhecida, muito mais segura do que a implosão. Não oferece risco de danos à estrutura de prédios vizinhos. Será aplicada com todos os mecanismos de controle recomendados, como o enclausuramento do prédio e o uso de aspersores de água, evitando queda de materiais e excesso de poeira

Renan Machado
Diretor de Obras da Mivita Construtora
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Além do uso de guindastes e escavadeiras, a empresa também poderá adotar a mão de obra de trabalhadores qualificados para operações manuais em serviços mais minuciosos e em estruturas específicas. Segundo a Mivita, os resíduos da demolição serão destinados a um aterro com licenciamento ambiental para entulhos de construção civil.

“O projeto do novo condomínio ainda passa por ajustes, mas é certo que Vitória vai contar com algo exclusivo e de altíssimo padrão, jamais visto por aqui. Além do residencial, teremos espaço com várias lojas e espaço gastronômico, além de intervenções que buscam a valorização de toda a região da obra”, projeta André Pretti, CEO da Mivita.

O Hotel Canto do Sol

Tradicional Hotel Canto do Sol reabre as portas na Orla de Camburi, em Vitória
Hotel foi inaugurado em 1983 e teve seu auge nos anos 1980 e 90. (Carlos Alberto Silva)

Inaugurado em 1983 como Hotel Porto do Sol, o empreendimento, que contava com uma área de 26 mil metros quadrados de frente para o mar de Jardim Camburi, esteve entre os mais badalados do setor hoteleiro do Espírito Santo, nas décadas de 1980 e 1990.

Em 1999, o hotel foi vendido e adotou o nome de Canto do Sol. Nos anos seguintes, o estabelecimento passou a enfrentar a concorrência de outras unidades hoteleiras inauguradas em Vitória.

Em 2009, cerca de 15 mil metros quadrados do terreno onde ficava a área de lazer do hotel foram negociados para dar lugar a um condomínio residencial com cinco torres.

Fechado desde 2015, o hotel passou por obras de revitalização em 2017 e até tentou retomar as atividades em maio de 2023 de forma parcial. Mas a iniciativa não obteve sucesso, já que o local não contava com os alvarás necessários do Corpo de Bombeiros e da Prefeitura de Vitória.

Em Jardim Camburi, a Mivita também constrói o condomínio Lago by Mivita, no terreno do antigo cerimonial Lago de Garda, na Rua Carlos Martins. As unidades custam em média R$ 1,8 milhão.

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