Publicado em 29 de setembro de 2020 às 20:02
A modernização do sistema de iluminação pública em Vila Velha, com a concessão do serviço via Parceria Público-Privada (PPP), vai demandar investimentos de R$ 70 milhões em 2021. O Consórcio SRE - IP Vila Velha, que ganhou o leilão realizado na Bolsa de Valores em agosto, reuniu-se com a prefeitura do município nesta terça-feira (29) e deve assinar o contrato no próximo mês, para iniciar os investimentos no início do ano que vem. >
O grupo é formado pelas empresas RT Energia, Engelmig e Splice, que é a líder do consórcio. Ao longo dos 20 anos de concessão do serviço, elas deverão investir cerca de R$ 110 milhões na cidade. A primeira etapa, entre 2021 e 2022, será a troca das 35 mil lâmpadas já existentes nos postes da cidade, o que deve gerar cerca de 70 empregos, 30 diretos e outros 40 indiretos já no próximo ano.>
"Assumiremos o parque de iluminação pública em 2021 e em abril iniciamos a modernização da planta. Até abril de 2022, vamos trocar 100% das luminárias atuais por lâmpadas de LED, e em 50% delas terá a telegestão, que é uma espécie de computador acoplado nas luminárias que permite controle mais efetivo, dando mais eficiência, e que vai permitir uma redução no consumo de energia", explicou o diretor da Splice, Christian Davis. >
A expectativa, a médio e longo prazo, é que essa economia também se reflita na redução da tarifa de iluminação pública para os moradores. Os gastos também serão menores para a prefeitura, que mantém o sistema, atualmente, por meio da Contribuição para o Custeio dos Serviços de Iluminação Pública (Cosip), que vem embutida na conta de luz.>
>
Parte do investimento inicial (R$ 15 milhões) será com recursos próprios das empresas. O restante virá de financiamentos que já estão sendo negociados. O consórcio terá uma remuneração mensal do município, que foi fixada em R$ 501 mil no leilão realizado na B3, um contraprestação 62% inferior a que estava prevista pela Prefeitura de Vila Velha no edital, de R$ 1,32 milhão.>
Já em 2031, que será o 11º ano da concessão, terá o início o segundo ciclo de investimentos do contrato, onde as empresas vão investir pelo menos mais R$ 45 milhões para nova substituição das lâmpadas, que até lá já estarão no fim da vida útil. >
O diretor da Engelmig Energia, Matheus Pêsso, explicou que também será construída uma sede do grupo em Vila Velha para ser base das operações e também para atender a população. O local ainda está sendo definido.>
Segundo a prefeitura, o edital também prevê novos pontos de iluminação e vai atender a todos os bairros da cidade, beneficiando mais de 500 mil pessoas. >
Apesar da vigência do contrato ser só a partir de 2021, o consórcio vencedor apresentou à Prefeitura de Vila Velha uma proposta para antecipar o projeto na Praça Duque de Caxias, no Centro da cidade, para ainda este ano. >
"A gente quer antecipar para mostrar uma primeira ação do grupo na gestão da iluminação pública da cidade, adiantando o que só seria feito lá em 2021", disse Christian Davis, da Splice.>
O secretário de Planejamento e Projetos Estratégicos, Ricardo Santos, afirmou que o contrato de concessão será assinado em outubro e que, diante da experiência que as empresas já possuem, a expectativa é de um salto na qualidade e eficiência da iluminação urbana da cidade. >
"Vamos ter um sistema mais moderno, com mais eficiência, que vai iluminar bem faixas de pedestres e pontos que hoje são mais escuros, um sistema de alto padrão. São empresas com experiência, que a partir do contrato assinado, vão iniciar uma série para procedimentos para constituição da concessionária e assumirem a gestão do parque de iluminação em 2021. É uma modernização que Vila Velha vai ter e a um custo menor para o município", disse.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta