Publicado em 8 de setembro de 2020 às 19:49
Na contramão da crise, a Garoto se prepara para investir R$ 200 milhões no Espírito Santo nos próximos meses. A empresa, do grupo Nestlé, vai aplicar os recursos em novas tecnologias para expandir a produção da unidade fabril em Vila Velha e ampliar o portfólio de chocolates.>
Com o aumento da produção, a previsão é de que sejam criados entre 150 e 200 novos postos de trabalho fixos em diferentes áreas da fábrica até o segundo trimestre de 2021, conforme anúncio feito nesta terça-feira (8) pelo vice-presidente de chocolates da Nestlé no Brasil, Liberato Milo. O executivo explicou que, além das vagas regulares, também estão sendo criadas diversas oportunidades temporárias. Até o momento, já foram selecionados cerca de 400 trabalhadores nesta modalidade. Interessados devem cadastrar o currículo no site da empresa.>
Milo destacou que as chances serão criadas em diferentes projetos, e que a maioria dos investimentos já está em curso. Estão em fases diferentes. Algumas coisas são mais simples, outras mais difíceis e demoradas de ser realizadas. Mas já existem projetos em fase de instalação, e, na medida em que essas novas tecnologias vão sendo aplicadas, vamos ampliando as contratações. E são empregos de qualidade, já nos moldes da indústria 4.0", falou. >
Boa parte do novo maquinário será implantado em um novo prédio que está sendo construído nas dependências da Garoto. Denominado projeto Full House, o empreendimento vai abrigar, principalmente, a produção de novos chocolates, entre eles, parte do portfólio da Nestlé, atualmente produzido em São Paulo. É o caso do Chokito e dos ovos de Páscoa Galak, que já estão em produção na unidade capixaba. A expectativa é de que, com as novidades, a empresa inclusive aumente a capacidade de exportação.>
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Algumas marcas tradicionais da Garoto também vão passar por mudanças. O bombom Serenata de Amor, por exemplo, vai ganhar uma nova embalagem a partir do próximo ano. Além disso, está previsto o lançamento de novas versões dos tabletes Talento. >
Milo não adiantou quais serão os novos sabores, mas deu algumas pistas. O que nós aprendemos do consumidor brasileiro são duas coisas: uma delas é que o consumidor entende de chocolate; a outra é que gosta muito de experimentar combinações novas, como mistura de sabores doce e salgado, chocolate preto com branco, entre outros. Essas experimentações fazem toda a diferença e teremos isso na fábrica de Vila Velha", argumentou. >
Parte da matéria-prima utilizado na produção dos chocolates Garoto, inclusive, vem de Linhares, município cujo cacau foi mais uma vez eleito o melhor do Brasil. As amêndoas produzidas na Fazenda Guarani, em Bebedouro, e no Sítio Dona Nita, em Bananal do Sul, conquistaram o primeiro lugar em duas das três categorias do II Concurso Nacional de Qualidade de Cacau - Brazilian Cocoa Awards, em Ilhéus (BA). É cacau de qualidade. É claro que, por ser uma fábrica muito grande, não conseguimos trabalhar somente com o cacau capixaba, mas é 100% cacau brasileiro e isso é um motivo de orgulho para nós", frisou Milo.>
Liberato Milo
Vice-presidente de chocolates da Nestlé no BrasilTambém há novos produtos previstos para este ano, inclusive da marca Baton. A empresa vai lançar em novembro três opções de tabletes recheados, nos sabores Smarties, Croc e Cookies.>
O executivo destacou ainda que, em uma estratégia de crescimento, a empresa pretende ampliar o número de robôs em pontos de venda estratégicos no País. Os chamados "choco bots", que já haviam sido implantados inclusive no Espírito Santo, vão ganhar uma repaginada. O que havia, até então, eram protótipos. Esses robôs vêm sendo aperfeiçoados em parcerias com empresas brasileiras para que o consumidor possa personalizar a própria caixa de chocolates, a partir do smartphone mesmo", explicou. >
Os investimentos foram elogiados pelo governador Renato Casagrande, que disse ainda que a concentração da produção da Garoto e da Nestlé no Espírito Santo tem sido, há anos, um desejo dos capixabas. "Mais que isso, o investimento em inovação é fundamental. Em um Estado pequeno como o nosso, essa é uma forma de nos mantermos competitivos", opinou. >
Renato Casagrande
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