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Publicado em 20 de dezembro de 2025 às 09:57
A Justiça do Espírito Santo decidiu soltar mais um investigado que havia sido preso no final de novembro, durante a Operação Recepa, que apura um esquema milionário de sonegação fiscal no comércio de café no Estado. Desta vez, o beneficiado foi o policial civil Walace Simonassi Borges, suspeito de participação em crime contra a ordem econômica (Lei 8.137). Outros três já foram contemplados com mandado de soltura. >
A decisão é da juíza Patrícia Plaisant Duarte, da 3ª Vara Criminal de Linhares, e foi assinada na noite desta sexta-feira (19). No lugar da prisão, Walace terá de respeitar outras medidas restritivas e, em caso de descumprimento, voltará a ser preso. >
Quando foi preso, Walace estava lotado na Delegacia de Marilândia, no Noroeste do Espírito Santo. A Corregedoria da Polícia Civil instaurou um procedimento para averiguar a responsabilidade dele no âmbito da instituição. >
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Em nota, a defesa do policial Walace diz que sempre sustentou, com firmeza e base legal, que ele não preenchia os requisitos necessários para a manutenção da prisão preventiva. "A recente decisão que substituiu a custódia por medidas cautelares alternativas foi recebida pela defesa com enorme satisfação, pois reflete o reconhecimento de que nunca representou um risco à ordem pública", pontua Pedro Lozer Pacheco. >
O advogado ressalta, ainda, que se trata de um servidor público que sempre atuou com dignidade, caráter e um claro senso de serviço à sociedade. "Assim, a notícia de sua soltura é vista pela defesa não apenas como um ato de justiça, mas como a confirmação de que Walace jamais deveria ter permanecido preso preventivamente.">
Concedido pelo desembargador Eder Pontes da Silva, da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), também foram beneficiados com o alvará de soltura os empresários Henrique Martinelle de Oliveira, Walter Luiz Schellemberg Filho e Vitor Silva Vitório. >
A Operação Recepa foi desencadeada para desarticular uma organização suspeita de causar um prejuízo estimado em R$ 466 milhões aos cofres públicos do Espírito Santo, por meio de fraudes fiscais envolvendo a comercialização de café. A ação reuniu o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e também a Receita Federal. O caso tramita sob segredo de Justiça. >
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