Repórter / fsena@redegazeta.com.br
Publicado em 24 de abril de 2024 às 19:10
Capacidade de inovar e se adaptar às novas tecnologias. Saúde pública de excelência e mais qualidade de vida. Novas oportunidades para quem mora nas periferias. Esses e outros planos foram apresentados em mais um encontro do Plano ES 500 anos, nesta quarta-feira (24). Com representantes da sociedade civil, do empresariado e do setor acadêmico, a oficina chegou à Grande Vitória, sendo realizada em Vila Velha, com discussões e planejamento de longo prazo para tornar o Estado competitivo, além de social e ambientalmente mais sustentável nos próximos anos.
Os encontros do Plano ES 500 anos foram divididos em microrregiões e o da Região Metropolitana foi o penúltimo dessa rodada. Na quinta-feira (25), a oficina que encerra essa etapa acontece na região Litoral Sul, em Anchieta. De acordo com a ES em Ação, organização que colabora na elaboração do documento, a intenção é construir uma visão de futuro estratégica, desafiadora, consistente, sustentável e desejável para o Estado com o horizonte em 2035, quando serão celebrados os 500 anos da colonização do Solo Espírito-Santense.
O secretário de Estado de Economia e Planejamento, Álvaro Duboc, abriu o evento e lembrou que outros planos de desenvolvimento ajudaram a elaborar o planejamento estratégico das gestões do governador Renato Casagrande. Durante sua fala, o secretário traçou um panorama histórico das principais atividades econômicas do Estado.
"O planejamento fez com que o Estado saísse de uma situação de não ter liquidez e não conseguir fazer frente aos desafios. Hoje conseguimos reorganizar o Estado através de uma construção coletiva", disse Duboc.
Além do governo do Estado, empresariado, setor acadêmico e sociedade civil também são convidados a debater o futuro do Espírito Santo. Para saber quais são as perspectivas para esse futuro, a reportagem de A Gazeta conversou com representantes de cada um desses pilares da sociedade.
A diretora de Relações Institucionais do Grupo Tommasi, Juliana Tommasi, vislumbra um futuro onde a iniciativa privada e o poder público atuem em conjunto para levar saúde pública de qualidade, principalmente para as pessoas mais vulneráveis. "A gente quer estar lá na frente, não só tratando as doenças, mas também no acesso a saneamento básico e alimentação mais saudável. Queremos uma sociedade mais saudável e mais feliz", disse.
Da perspectiva acadêmica, a professora do curso de Economia do Instituto Federal do Espírito Santo Erika Leal ressalta a importância da participação das instituições de ensino no debate sobre o futuro capixaba. Para ela, é importante que o Estado esteja atento às novas tecnologias. "Nós temos que pensar nas novas tecnologias e ser protagonistas do uso delas. É fundamental que ciência, tecnologia e inovação estejam na base desse plano", afirma a professora.
Erika deseja ver um Espírito Santo inovador para os todas as classes sociais. "Temos que pensar no Espírito Santo em 2035 como um Estado inovador, sustentável e que inclua todas as pessoas, sem deixar nenhuma para trás, reduzindo a desigualdade social", projeta.
O articulador regional de jovens do Centro de Referência das Juventudes em Feu Rosa, na Serram Estevão Dias, sonha com um Espírito Santo melhor para as pessoas que moram nas periferias. "Eu espero que as políticas públicas cheguem até essas pessoas. Espero melhorias para o meu povo", destaca.
Além disso, Estevão também espera que os equipamentos voltados aos direitos humanos no Estado sejam ampliados.
Anunciado em dezembro, o Plano de Desenvolvimento ES 500 Anos será uma construção fruto da inteligência coletiva capixaba. Dessa forma, as atividades de elaboração do plano contarão com a participação dos governos estadual e municipais, dos demais Poderes Públicos, federações, setor produtivo, academia, terceiro setor, sociedade civil organizada e demais organizações representativas, em oficinas regionais e seminários temáticos e com atenção às particularidades de cada uma das dez microrregiões capixabas.
O documento também vai agregar diagnósticos produzidos por diferentes instituições e pelo poder público, além de revisitar metas e indicadores estabelecidos pelo plano de desenvolvimento de longo prazo atualmente existente, o ES 2030. Para isso, o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) realizou uma análise situacional do ES 2030. O estudo apontou o cenário encontrado na ocasião de elaboração do plano, os fatores limitadores ou impulsionadores, além dos avanços, desafios superados e novos desafios mapeados.
"A ideia é ser um planejamento bem abrangente e que a sociedade capixaba se sinta parte desse planejamento. Que a gente possa construir, juntando o setor público e setor privado em um plano de trabalho, uma agenda de navegação, para continuar e avançar com bons projetos no Espírito Santo", explica Nailson.
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