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Em evento em Vitória, empresas apontam os desafios na gestão de pessoas

Em evento em Vitória, empresas apontam os desafios na gestão de pessoas

Organizações enfrentam necessidade de desenvolver as melhores práticas para capacitar as lideranças e engajar os funcionários

Publicado em 27 de fevereiro de 2024 às 17:11

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Empresas falam sobre práticas de RH
Nailson Dalla Bernardina, do Sicoob; Carlos Hilário (mediador) e Paula Barcellos, da Viação Águia Branca durante evento. (Diná Sanchotene)

Desenvolvimento e capacitação de lideranças, cultura organizacional, engajamento das pessoas, comunicação interna e saúde mental. Essas são as cinco principais prioridades da gestão de pessoas em 2024. Apesar de os temas já terem aparecido em anos anteriores, houve uma inversão de preferências para os próximos meses.

A lista foi divulgada pela diretora da Great People Consulting, Marcela Pena, responsável pela pesquisa "As Melhores Empresas para Trabalhar"(Great Place to Work). Ela comentou que, no último ano, a preocupação maior era com a saúde mental, enquanto os desafios em 2021 e 2022 eram a adoção de novas políticas e formatos de trabalho e a comunicação interna.

Os dados foram apresentados durante um encontro com profissionais de recursos humanos e várias empresas do Espírito Santo, nesta terça-feira (27), em Vitória. Aquelas que quiserem participar da pesquisa, neste ano, podem se inscrever até 30 de abril. O estudo promovido em 2023 contou com a participação de 49 empresas capixabas, com 15 delas premiadas. Ao todo, 150 companhias fazem parte do ranking nacional. 

“Observamos que saúde mental sai da primeira posição e passa a ocupar o quinto lugar. A principal mudança foi a volta da importância da capacitação dos líderes. Isso ressalta que a comunicação efetiva e o cuidado com a saúde mental passam por esses profissionais para que eles atuem na manutenção de um ambiente saudável”, ressalta.

Outro assunto abordado pela executiva foi sobre diversidade e inclusão, pautas que fazem parte da estratégia de 66,7% das empresas participantes no estudo. Conforme dados da pesquisa, há uma baixa maturidade das organizações sobre o tema. Em 2023, esse índice era de 45,1% das empresas, enquanto que em 2024, 47,7%.

“Os desafios para boas práticas nesta temática são: engajar a liderança, encontrar talentos de grupos minorizados, tornar os processos de recrutamento e seleção mais inclusivos, capacitar as pessoas da empresa sobre o tema e desenvolver profissionais dos grupos minorizados para cargos de gestão”, observa.

Sobre cinco gerações trabalhando juntas em um mesmo ambiente, pouco mais da metade dos entrevistados (51,6%) disseram sentir dificuldade em lidar com diferentes expectativas em relação ao trabalho. “É necessário ficar atento às necessidades e aos anseios dessas gerações”, complementa.

As empresas se inscrevem na pesquisa, mas são os funcionários que avaliam as práticas adotadas por elas. As mais bem avaliadas entram no ranking. Neste quesito, são observados a confiança na liderança, o orgulho no seu trabalho e a camaradagem com seus colegas.

Na opinião da consultora da GPC, Juliana Berzin, trabalhadores satisfeitos e engajados são responsáveis pelos resultados da corporação e pela inovação das empresas. 

O evento contou ainda com a participação das empresas que ficaram mais bem colocadas na pesquisa de 2023. Durante o encontro, os representantes compartilharam as práticas de gestão que fizeram com que fossem bem avaliadas por seus colaboradores.

Uma delas foi a Viação Águia Branca. A CEO da organização, Paula Barcellos, lembrou das dificuldades que a empresa passou durante a pandemia, em meio às demissões e à queda na receita.

“Durante esse período, precisamos unir forças, voltar o olhar para dentro e desenvolver projetos para superar esse momento. Se as pessoas não acreditarem no que você está defendendo, elas não vão fazer acontecer. A conexão com os colaboradores é muito importante. Diante dos desafios, tivemos que demitir mil pessoas, que foram recontratadas após o período pandêmico”, comenta.

O CEO do Sicoob, Nailson Dalla Bernardina, defendeu que o maior investimento de uma empresa é em pessoal, apostando na felicidade dos colaboradores, que se reflete na satisfação do cooperado.

“Percebemos que em um determinado momento algumas faixas salariais ficaram congeladas. Elaboramos um novo modelo de remuneração, focando na progressão de carreira. Desta forma, estamos oferecendo um conforto financeiro mesmo para aqueles que estão em início da jornada”, aponta Bernardina.

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