Publicado em 21 de novembro de 2020 às 16:45
Uma das datas mais aguardadas pelos consumidores, a Black Friday, celebrada neste ano no próximo dia 27, é famosa pelas ofertas imperdíveis oferecidas por lojas físicas e virtuais. Mas é preciso ter alguns cuidados para aproveitar os descontos de forma consciente e não sair no prejuízo. >
O termo "Black Friday" começou a se popularizar nos Estados Unidos na década de 1990 e ganhou mais espaço com o avanço da internet e o surgimento do e-commerce. A data é sempre celebrada na última sexta-feira do mês de novembro, dia que precede o feriado de Ação de Graças nos EUA. >
No Brasil, a data começou a ganhar espaço na internet, a partir de 2011, e tendo se expandido nos anos seguintes para alcançar também as lojas físicas. >
Apesar de ser muito conhecida pelos descontos na linha de produtos eletrônicos, a data geralmente é celebrada por empresas de diversos segmentos, é possível comprar desde TVs e celulares, a roupas, alimentos e produtos de limpeza, por exemplo, com descontos.>
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Por ser um momento favorável às compras, é fácil se perder entre as opções. Diante disso, a primeira orientação neste sentido é estabelecer prioridades, e, claro, um orçamento. O consumidor deve fazer uma lista do que pretende comprar, e anotar o quanto pode gastar, de modo que consiga controlar os gastos e não se endividar diante de tantas ofertas.>
Acompanhe as redes sociais da loja, ou mesmo sites de ofertas, onde é possível encontrar cupons que oferecem um desconto extra na hora da compra. Além disso, muitas empresas divulgam promoções especiais nesses canais, até mesmo antes da data.>
Se for comprar pela internet, fique atento à possibilidade de cashback, isto é, de obter parte do valor pago de volta após a compra. Dependendo do caso, é possível obter o cashback até em lojas físicas, ao fazer o pagamento por meio de aplicativos.>
Embora as lojas físicas também façam adesão ao movimento, a maior parte das compras da Black Friday é feita usualmente pela internet. Com a pandemia do novo coronavírus, e a limitação de pessoas nos estabelecimentos, esse movimento deve se intensificar ainda mais.>
Contudo, isso abre brechas para a atuação de golpistas, que usam táticas que envolvem desde a cópia de sites conhecidos, até criação de lojas inteiramente falsas. Com esses esquemas, conseguem não apenas o dinheiro como informações pessoais do consumidor, que permitem outros golpes.>
É preciso verificar se o site digitado está correto, se bate com as informações divulgadas em redes sociais da empresa, por exemplo. >
Também é importante pesquisar a reputação da loja, principalmente se for fazer a primeira compra. Verifique em sites como Reclame Aqui, ou similares. Não fique restrito somente às avaliações dentro do site da loja, que podem ser forjadas, orientou o professor da Faesa e consultor de Marketing, Henrique Hamerski.>
Também é importante ficar atento aos preços, acompanhando suas variações nos dias, ou semanas que antecedem a Black Friday, para ter certeza de que não vai pagar pela metade do dobro, isto é, de que a empresa não vai aumentar o preço do produto simplesmente para voltá-lo ao patamar original na data, como se estivesse oferecendo um desconto.>
Buscapé e Zoom são dois sites bastante úteis para acompanhar histórico de preços dos produtos, e permitem ver se o preço cobrado naquele momento é algo que foi aumentado para dar desconto, ou realmente é um preço natural. Vale fazer essa comparação para não ser enganado por falsas vantagens, destacou Hamerski.>
A advogada especialista em Direito do Consumidor, Luiza Simões, do escritório Pinto e Modenesi Advogados Associados, frisa que, se identificada a fraude, o consumidor pode e deve denunciar o caso ao Procon para que a empresa seja punida.>
É o caso característico da Black Fraude. Muitas empresas acabam se utilizando dessa estratégia para atrair consumidores, que, sem saber, vão comprar achando que está tendo um desconto. Outro caso é o preço de frete, no caso de compras pela internet. Às vezes o preço da compra está com desconto, mas a entrega custa quase o mesmo que o produto, como se o valor estivesse embutido.>
Desconfie também de preços muito baixos, quase irrisórios, por produtos que normalmente têm valores altos. Geralmente escondem golpes. >
Da mesma forma, se estiver comprando pela internet principalmente se for em um site de marketplace, que reúne ofertas de diversas lojas , fique atento às letras miúdas, para ter certeza de que está comprando um produto novo, ou, ainda que seja usado, sem defeitos. É importante ter a informação completa.>
As compras pela internet dão direito à devolução do produto, em até sete dias após a entrega, de forma gratuita, sem justificativas. O chamado direito de arrependimento, porém, não existe em lojas físicas, onde o consumidor pode ter contato direto com o produto. Assim, é preciso verificar quais são as políticas de troca e devolução da empresa.>
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