Publicado em 23 de dezembro de 2020 às 05:00
As profissões de nível técnico estarão em alta nos próximos anos no setor de petróleo e gás. Entre as carreiras que vão ser demandadas pelas companhias estão, além de engenheiros, operadores de plataformas e técnicos em mecânica e manutenção. A expectativa é de que sejam criados 16,5 mil postos de trabalho no Espírito Santo nos próximos 10 anos. >
Segundo o diretor-executivo do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Antonio Guimarães, a maior parte das vagas de emprego estará disponível na cadeia fornecedora, que são aquelas empresas que prestam serviços para grandes petroleiras. >
As oportunidades não são apenas para quem tem nível superior ou formados em engenharia. A demanda por profissionais de nível técnico é enorme. Quem quer ingressar nessa indústria, em cargos como esse, deve se preparar agora para estar habilitado em tempo hábil para quando houver a retomada do segmento, orienta.>
Ele destaca que no Espírito Santo, o Senai tem um papel importante para a formação de profissionais técnicos. A instituição conta com formação técnica que varia de um a dois anos. >
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O setor de petróleo e gás passa por um momento delicado e um dos motivos é a baixa cotação do barril. No entanto, executivos que atuam no setor apostam em uma retomada entre meados de 2021 e início de 2023. O Brasil produz cerca de 3 milhões de barris do petróleo por dia e a meta até 2030 é dobrar essa produção. >
Para que isso aconteça, o setor vai precisar de pessoas qualificadas para trabalhar. Estamos tendo uma crise e passando por um ano difícil, mas acredito que nos próximos dois anos haja uma aquecida no mercado, proporcionando muitas oportunidades, destaca Guimarães.>
Um outro fator que deve alavancar essa retomada são as mudanças na legislação estadual envolvendo o setor de petróleo e gás e que devem impulsionar a economia capixaba e colocar o Estado em maior vantagem competitiva, com a atração de novas empresas e a criação de emprego e renda. >
O empreendedorismo também deverá estar em alta com a retomada do mercado desses combustíveis, inclusive para quem pretende atuar em inovação. O segmento precisa de pessoas que sejam empreendedoras delas mesmas e isso vale tanto para quem quer ter uma vaga de emprego quanto para quem quer abrir o próprio negócio e prestar serviços para as empresas do setor. A ideia é fomentar a criação de mil novas empresas na próxima década, comenta o presidente da EnP, Márcio Félix. >
Félix conta que criou a EnP no dia 10 de março e que na semana seguinte veio a pandemia do novo coronavírus, obrigando se reinventar. Precisamos rever o estratégico original e a crise acelerou em cinco anos os nossos processos, frisa. >
Na hora de contratar, as empresas estão mais de olho nas habilidades comportamentais do profissional do que em seus conhecimentos técnicos. >
A gerente de vendas na área de soluções de talento do LinkedIn, Suelen Marcolino, afirma que as competências mais valorizadas no mundo corporativo são: criatividade, persuasão, colaboração, capacidade de adaptação e inteligência emocional. As características, segundo a executiva, foram apontadas em uma pesquisa realizada pela rede social.>
Cada vez mais as empresas estão apostando na diversidade, em novas ferramentas de entrevista e utilizando as redes sociais para contratar. Elas querem sair do modelo tradicional e não apenas focar na experiência técnica. As habilidades interpessoais passaram a ter um grande peso nas contratações.">
As habilidades foram reforçadas ainda por dois gerentes da empresa americana Shell, Ana Karina Magalhães e Rodrigo Ferreira. Eles ressaltaram que a empresa busca profissionais com capacidade de fazer análises técnicas, pensamento estratégico e que saibam ter um bom desempenho no desenvolvimento de soluções. >
O funcionário precisa ter uma mentalidade de crescimento de aprendizado, que ajude a empresa a progredir e que seja curioso. Perfil analítico, adaptabilidade e com entrega de resultados são perfil altamente analisados, aponta Ferreira. >
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