Repórter / [email protected]
Publicado em 16 de agosto de 2024 às 17:26
Após ter anunciado um prejuízo de R$ 1,41 bilhão no primeiro semestre deste ano e informado sobre o possível fechamento de lojas ao redor do Brasil, a Americanas planeja adotar uma nova estratégia de vendas para a retomada dos negócios no Espírito Santo. >
A varejista, que teve uma fraude contábil de R$ 25,3 bilhões descoberta em 2023, agora vai focar na venda de produtos menores e mais baratos, como guloseimas, cosméticos, utensílios domésticos e brinquedos. A estratégia é voltada para que a empresa saia da recuperação judicial em 2026. Para o Espírito Santo, onde conta com lojas em 11 municípios, a Americanas cita um “plano de transformação”.>
“A Americanas possui mais de 20 lojas no Espírito Santo, nas cidades de Vitória, Vila Velha, Serra, Aracruz, Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Guarapari, Linhares, Marataízes, Nova Venécia e São Mateus. Recentemente, a companhia reinaugurou a unidade da Praia da Costa, em Vila Velha, com foco na estratégia de modulação de lojas e reavaliação do sortimento, que busca aumentar a rentabilidade e otimizar a identificação de demandas de cada região”, informou a empresa em nota enviada para A Gazeta nesta sexta-feira (16).>
Ou seja, apesar da expectativa do encerramento de atividades em outras regiões, em solo capixaba a empresa pretende fazer o caminho contrário e não tem previsão para o fechamento de lojas, como fez em 2023.>
>
Em conferência realizada na quinta-feira (15), Leonardo Coelho Pereira, presidente do grupo de lojas, apresentou os resultados de 2023 e dos seis primeiros meses de 2024. No último ano, a empresa teve prejuízo de R$ 2,27 bilhões, acumulando dívida de R$ 42,5 bilhões. Para reverter os números, as vendas físicas e de produtos mais baratos torna-se a melhor estratégia, de acordo com os administradores.>
Segundo o jornal O Globo, entre janeiro e junho deste ano, a Americanas somou uma receita de R$ 6,8 bilhões com a venda de bens e serviços, sendo esse número, 2,6% menor que os R$ 7,03 bilhões de 2023.>
No último ano, as vendas no canal digital caíram mais de 75%, em função da queda de credibilidade tanto sobre consumidores quanto sobre os varejistas que ofereciam seus produtos no marketplace e pagavam uma comissão à Americanas, disse Coelho. "Uma coisa é você comprar na loja, colocar o produto debaixo do braço, passar no caixa e levar o seu produto para casa. Uma outra que envolve um grau maior de confiança, quando você paga pela plataforma digital e espera receber em casa", afirmou.>
Enquanto nas vendas pela internet foi registrada queda, nas lojas físicas houve alta de 15,9%. Para o presidente da empresa, os números mostram que “o varejo físico começa a se consolidar como o coração da Americanas”.>
Em relação ao fechamento de lojas, que eram 1.803 antes da recuperação judicial e, até junho deste ano, diminuíram para 1.622, a chefia das Americanas afirma que serão fechadas “as que forem necessárias, que não sejam rentáveis”.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta