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Publicado em 8 de julho de 2022 às 12:38
A Lagoa Guanandy, um dos pontos turísticos no verão em Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, está com um cenário diferente. O local, de 5.242 hectares na comunidade do Gomes, está tomado pela proliferação de plantas. Segundo especialistas, o problema pode ter relação com a poluição da água. >
O local, que já chegou a ter águas cristalinas, hoje está tomado por plantas aquáticas. O problema começou no início do ano e se agravou. Uma moradora enviou imagens da lagoa, assustada com a situação. >
Flávia Thomé, que é mestre em Biologia Celular, explicou à reportagem da TV Gazeta Sul as possíveis causas desse fenômeno. Ela acredita que houve um crescimento populacional no entorno da lagoa e isso aumenta o lançamento de matéria orgânica na água, mesmo que a casa tenha a fossa séptica. >
"Esse tipo de floração já aconteceu, mas não nessa proporção, e isso vai aumentar o crescimento de algas e plantas aquáticas. Ao que tudo indica, podem ter outras substâncias, mas teria que haver uma análise química”, disse Thomé. >
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O biólogo Helimar Rebelo também explicou que essa planta é do gênero salvinia, comum em lagoas e outros corpos hídricos. Segundo ele, quando a concentração de nutrientes aumenta na água, elas podem se reproduzir rápido. O fato, cogitou, pode ocorrer por adubação de plantações perto das margens, esgoto ou em períodos de seca, onde a quantidade de água reduz. >
O município também foi acionado. Por meio de nota, Kamila Ladeira, secretária de Meio Ambiente de Itapemirim, disse que acabou de assumir a secretaria em um processo muito complicado, pois o acesso às informações foi negado pelo governo anterior. >
“A situação é de conhecimento de todos, já que a Justiça precisou ser acionada para termos direito à transição. De qualquer forma, garantimos que na próxima semana uma equipe da Semma estará no local para averiguar o problema, e após obtermos mais informações, nos pronunciaremos à imprensa”, explicou.>
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