
O secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, informou, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (19), que o Espírito Santo poderá firmar uma parceria para que uma parte da fase 3 de testes da vacina italiana para combater o coronavírus do laboratório ReiThera seja realizada em território capixaba.
Segundo Nésio, as negociações estão em curso e dependem ainda de reuniões a serem realizadas com os desenvolvedores, além de medidas administrativas e políticas. A intenção é que 30 mil capixabas participem da fase 3 de testes do imunizante.
“Nós solicitamos a eles uma parceria para realizar o desenvolvimento da fase 3, com 30 mil capixabas. Então, aguardamos o avanço da negociação nos próximos dias, mas isso depende de diversas decisões administrativas, políticas e da formalização do acordo com eles”, destacou.
Segundo a Agência Italiana de Notícias (ANSA), os testes de Fases 2 e 3 do imunizante receberam a autorização da Agência Italiana de Medicamentos (Aifa) e foram avaliados positivamente pelo Comitê de Ética do Instituto Spallanzani, maior referência em doenças infecciosas no país.
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OUTRAS NEGOCIAÇÕES
O secretário destacou ainda que o Estado negocia com a chinesa Sinopharm e com representantes da vacina russa Sputnik. Estas negociações, ainda em fase de conversa, devem ter novas atualizações na próxima semana.
“Também temos negociações abertas com a Sinopharm, que avançou na troca de e-mail e na comunicação direta com eles, inclusive na solicitação de apoio e mediação com a Anvisa para registro da mesma. A comunicação foi feita direto com a Embaixada da China, então, estamos avançando na negociação com eles. Temos a negociação também da Sputnik, com alguns fornecedores da mesma. E, ao longo da próxima semana, temos algumas possíveis atualizações dessas negociações”, disse.
GOLPISTAS E PROIBIÇÃO DO GOVERNO FEDERAL
Segundo Nésio, algumas negociações que estavam em curso foram encerradas por golpistas se passarem por fornecedores e outras por solicitação do governo federal. O secretário explica que nas tratativas diretas da União com os fornecedores, foi exigido que os laboratórios interrompessem a negociação com Estados e municípios.
“Seguimos com diversas negociações. Inúmeras foram descartadas, pois se tratavam de golpistas. Outros acordos feitos com alguns laboratórios, por parte do governo federal, na prática, proibiram e vetaram que esses laboratórios negociassem com Estados. Dentro do acordo que o governo federal estabeleceu com diversos laboratórios para a compra de vacinas, esteve a posição de que esse laboratório devesse interromper a negociação com Estados e municípios. Desta maneira, então, interrompemos algumas negociações”, completou.
VACINAÇÃO NO ES
Até o momento, as vacinas aplicadas no Espírito Santo são as de lotes enviados pelo Ministério da Saúde, com os imunizantes Coronavac e AstraZeneca/Oxford. De acordo com o Painel de Vacinação, da Secretaria de Estado da Saúde, o Espírito Santo recebeu 451.420 doses e, dessas, distribuiu 377.944 para os municípios. No total, 199.649 mil capixabas receberam a primeira dose e 67.769 mil a segunda.
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