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Três meses depois, estudo com cloroquina em Vitória não está concluído

Três meses depois, estudo com cloroquina em Vitória não está concluído

De acordo com informações da prefeitura, um grupo de 100 pessoas é monitorado após receber tratamento com o remédio na rede municipal

Publicado em 27 de outubro de 2020 às 19:26

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OMS retirou em definitivo a cloroquina de testes para tratamento de Covid-19
OMS retirou em definitivo a cloroquina de testes para tratamento de Covid-19. (Julie Viken)

Mais de três meses após iniciar testes com cloroquina e ivermectina em pacientes diagnosticados com Covid-19, a Prefeitura de Vitória afirma que o estudo não está concluído. A princípio, estava previsto que um grupo de infectados seria acompanhado por 30 dias. Não foram divulgadas informações sobre a eficácia do tratamento adotado ao longo de todo esse período.

A medida foi publicada no Diário Oficial do município no dia 1º de julho. A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço regional da Organização Mundial de Saúde (OMS)não recomenda a utilização desses medicamentos para tratar a doença provocada pelo novo coronavírus. 

Três meses depois, estudo com cloroquina em Vitória não está concluído

Diante da manifestação de especialistas, e questionada sobre o assunto, a secretária de Saúde de Vitória, Cátia Lisboa, disse em entrevista ao ES1, da TV Gazeta, que faria uma experiência de um mês de aplicação. A pesquisa pretendia reunir um grupo de pessoas que seriam submetidas ao protocolo estabelecido pela administração municipal. 

No entanto, mais de três meses após a divulgação da medida, a Secretaria de Saúde da Capital informa, por nota, que “a pesquisa envolvendo diversos medicamentos no tratamento precoce da Covid-19 continua em andamento, e que o monitoramento aos pacientes é contínuo”, afirma.

“A pesquisa vem mostrando que nenhum dos 100 pacientes monitorados que fizeram, ou fazem uso dos medicamentos de hidroxicloroquina ou cloroquina, de acordo com os critérios da Portaria Municipal n° 22/2020, apresentou qualquer evento adverso ao uso das medicações”, garante.  Por outro lado, não há nenhuma informação sobre a eficácia do tratamento, ou seja, não há indicadores de que o uso desses remédios contribuiu para a melhora no quadro dos pacientes.

A administração municipal ressalta que apenas autorizou o uso para os médicos que desejassem receitar esses medicamentos, conforme a portaria 022/2020. No documento ficou estabelecido que os remédios são opcionais aos profissionais ou aos pacientes. O uso está condicionado à assinatura de um termo de consentimento.

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