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Transcol: governo vai aumentar frota e vigiar passageiro sem máscara

Transcol: governo vai aumentar frota e vigiar passageiro sem máscara

A medida foi anunciada nesta quarta-feira (22) pelo secretário de Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi)

Publicado em 22 de julho de 2020 às 19:39

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Movimentação de usuários do Transcol no Terminal do Ibes. A grande maioria dos passageiros está usando máscaras de proteção contra o coronavírus. Mas ainda é possível ver alguns sem ela.
Movimentação de usuários do Transcol no Terminal do Ibes, em Vila Velha. (Carlos Alberto Silva)

Reduzida por causa da pandemia do coronavírus, a frota do sistema Transcol vai ganhar reforço na Grande Vitória. A partir do 3 de agosto, o número de ônibus em circulação vai passar de 1.100 para 1.200. Quando está com 100% de operação, o número total chega a 1.420 veículos nas ruas.

E já nesta quinta-feira (23), agentes vão fiscalizar o embarque de passageiros nos terminais, garantindo que seja mantido o distanciamento social nas filas e proibindo viagens com passageiros em pé ou sem máscara. O monitoramento ficará a cargo das empresas que atuam no sistema.

O secretário de Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi), Fábio Damasceno, disse que há uma tendência de crescimento do fluxo de passageiros a partir do novo modelo de funcionamento do comércio na Região Metropolitana. Segundo ele, o número de usuários que usam o sistema por dia caiu de 600 mil para 300 mil.

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A ampliação da frota visa maior distanciamento entre as pessoas. No terminal, o passageiro só vai poder entrar pela porta do meio. A partir daí, a gente vai fazer a fiscalização. Se tiver alguém em pé, a ordem é que o ônibus não saia do terminal

Fábio Damasceno
Secretário de Mobilidade e Infraestrutura
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O secretário explicou que as empresas de ônibus serão responsáveis pela fiscalização. O serviço será executado, principalmente, nos horários de pico. Pela manhã, será das 6h às 7h30. À tarde, das 17h às 19h30. De manhã, o foco serão as linhas que ligam um terminal ao outro (as troncais). À tarde, os ônibus que levam os passageiros dos terminais até os bairros (linhas alimentadoras).

“Estamos fazendo uma avaliação com a Ceturb para ver como está isso, mas acredito que amanhã já vamos ter alguns fiscais. Vamos monitorar para ver como está sendo o atendimento por parte das empresas, elas que terão que fazer essa fiscalização”, destacou.

Assim como declarou durante uma entrevista ao Bom Dia ES, da TV Gazeta, em maio, Damasceno voltou a recomendar que os passageiros do Transcol aguardem um ônibus vazio para garantir o distanciamento. Mas os usuários afirmam que, com a redução da frota, os veículos estão sempre cheios. 

“No sistema, 31 linhas já tiveram readequação. A orientação é o distanciamento social. Não embarque em ônibus cheio, consulte o próximo ônibus no aplicativo ÔnibusGV. A gente está no período de pandemia, não é vida normal. É melhor esperar no ponto de ônibus ao ar livre do que pegar o ônibus cheio", orienta.

Quanto à limpeza, Damasceno garantiu que os terminais estão sendo higienizados, assim como a frota do Transcol. Ele observou também que as pessoas estão entendendo a importância dos protocolos de higiene e no geral estão usando as máscaras durante as viagens. Quanto ao embarque fora dos terminais, ele conta com o bom senso das pessoas.

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Precisamos de um período de compreensão das pessoas para evitar aglomeração, principalmente, dentro do coletivo. É importante usar as máscaras para que a gente possa manter nessa tomada de redução de mortes e casos de Covid

Fábio Damasceno
Secretário de Mobilidade e Infraestrutura
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TERMINAIS E ÔNIBUS LOTADOS

Absurdo, perigoso e assustador. É assim que alguns passageiros do Sistema Transcol descrevem o dia a dia de quem precisa encarar ônibus e terminais lotados durante o período de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus na Grande Vitória.

O medo tem fundamento. A quarta fase do inquérito sorológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) apontou que 29,1% dos capixabas que testaram positivo passaram mais de 30 minutos dentro dos ônibus, onde quase nunca é possível respeitar a distância mínima de um metro, recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

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