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Secretário de saúde descarta aulas presenciais na rede pública até agosto no ES

Secretário de saúde descarta aulas presenciais na rede pública até agosto no ES

Na avaliação preliminar da Secretaria de Saúde, a volta das aulas presenciais não será possível enquanto não houver uma tendência consolidada na redução pacientes novos, graves, óbitos

Publicado em 22 de junho de 2020 às 17:53

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Alunos em sala de aula
Secretário diz que aulas presenciais não serão retomadas até agosto no ES. (Joel Silva/ Folhapress)
Secretário de saúde descarta aulas presenciais na rede pública até agosto no ES

As aulas presenciais nas escolas estão suspensas desde março deste ano, devido a pandemia do novo coronavírus. E se um dia chegou a ser cogitada a retomada dessa rotina acadêmica no início de julho, agora o Estado anuncia que não haverá retorno das aulas na rede pública até o mês agosto. Isso porque, ainda não houve diminuição nos números de infectados e mortos pela Covid-19. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (22) durante coletiva de imprensa online da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

De acordo com Nésio Fernandes, secretário estadual de Saúde, a Sesa está construindo junto com a Secretaria de Educação, um conjunto de propostas sobre quando será possível retomar as atividades e como acontecerá esse retorno. Mas, na avaliação preliminar da Secretaria da Saúde, a volta das aulas presenciais não será possível enquanto não houver uma tendência consolidada na redução de pacientes novos, casos graves e óbitos.

"Esse retorno não é possível no mês de julho. Enquanto não houver uma redução sustentável no número de casos, não é possível haver flexibilização do retorno das atividades escolares no Espírito Santo - e acredito que no país. Vai depender, para um retorno no final de julho ou em agosto, do comportamento da pandemia nas próximas semanas e uma queda sustentável no número óbitos, casos graves e casos novos em nosso Estado". afirmou. 

PROFESSORES PODEM AJUDAR EM ISOLAMENTO

O subsecretário estadual de Saúde, Luiz Carlos Reblin, também esteve na coletiva por videoconferência e falou sobre a gravidade na proliferação da doença. Segundo ele, por alguns dias houve um cenário que pareceu ser de mais tranquilidade em relação a Covid-19, mas ainda não é panorama consolidado. Reblin afirma que é necessário um esforço de todos para o isolamento social e, para isso, pediu ajuda de outros "atores da sociedade", como os professores. 

"Se outros atores da sociedade, como os professores, se juntassem aos trabalhadores da saúde, seriam muito bem vindos. Os professores, que venceram a paralisia infantil no Brasil nos anos 80, seriam muito bem vindos, com um projeto construído pelos próprios professores, de monitorar, acompanhar seus alunos... Talvez os professores sejam o segmento social que mais tem penetração na sociedade", afirmou. 

AULAS DE REPOSIÇÃO AOS SÁBADOS

A reportagem de A Gazeta divulgou nesta segunda (22) que a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) está organizando um planejamento para a retomada das atividades e discute propostas. A previsão do retorno é em agosto, com atividades presencial durante a semana e reposição de aulas aos sábados no modelo virtual. Dessa maneira, seria possível concluir o ano letivo em janeiro de 2021.

Para julho, o plano prevê que as atividades remotas passem a ser consideradas como dias letivos, o que hoje não é contabilizado As propostas já estão sendo discutidas por diretores escolares com suas equipes, mas ainda serão debatidas com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sindiupes) na próxima quarta-feira (24).

No início do mês, o secretário Vitor de Angelo já havia sinalizado com a possibilidade de retorno em agosto, e na ocasião falou que atividades remotas poderiam mesmo ser consideradas como aula letiva, por ser um cenário muito factível, simples de implementação e de as pessoas aceitarem.

"Outras opções para cumprirmos o calendário seriam estender a carga horária diária e avançar para 2021, o que é menos aceitável pelas pessoas", apontou. O secretário também já falou que a definição sobre o retorno depende de autorização da área da saúde, com análise do cenário vigente sobre o comportamento da Covid-19 no Estado.

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