> >
Reinfecções pelo novo coronavírus estão mais frequentes que em 2020

Reinfecções pelo novo coronavírus estão mais frequentes que em 2020

No entendimento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a vacinação contra a Covid-19 é uma das principais estratégias de enfrentamento ao vírus

Publicado em 16 de abril de 2021 às 19:26

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
Dos 365.855 habitantes de Vitória, 44.898 foram contaminados pela Covid
Infecções por Covid-19 estão mais frequentes, segundo Nésio Fernandes. (Divulgação)
Autor - Isaac Ribeiro
Isaac Ribeiro
Repórter de Cotidiano / [email protected]

Estudos apontam que os casos de reinfecções pelo novo coronavírus estão mais frequentes neste ano do que em 2020. A afirmação foi dita pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, durante coletiva on-line nesta sexta-feira (16).

Reinfecções pelo novo coronavírus estão mais frequentes que em 2020

Na avaliação dele, a aplicação das vacinas é a principal medida de prevenção primária. Sem os imunizantes, os capixabas teriam de conviver com um novo estilo de vida, com medidas e possibilidades de períodos de restrição a atividades sociais e econômicas.

Aspas de citação

As reinfecções vem apresentando um comportamento mais frequente do que aquele espectado ao longo dos estudos que foram desenvolvidos no ano de 2020

Nésio Fernandes
Secretário de Estado de Saúde
Aspas de citação

No entendimento da Sesa, a imunidade de rebanho, que ocorre quando o número de pessoas imunes ao vírus atinge uma taxa alta e faz com que ele não encontre pessoas suscetíveis à infecção, não é uma estratégia adequada. Segundo Nésio, não existe uma imunidade pela exposição à doença com uma temporalidade suficiente para preservar a maioria da população.

"Em pacientes que foram infectados pela Covid-19 ao longo do ano passado, estudos apontam que a infecção de leve a moderada pode favorecer algum tipo de proteção à nova infecção por um período de 5 a 6 meses", enfatiza o secretário.

A dois dias de completar um mês de determinação da quarentena preventiva no Estado, Nésio ressaltou o comportamento da pandemia em relação à curva de casos. Agora, serão observadas a redução por novos leitos e a taxa de ocupação. A expectativa é de que a Sesa registre uma queda na curva de casos confirmadas em uma velocidade superior às outras curvas.

"Ainda vivemos um período muito crítico, com muitos pacientes internados, com dificuldades sobrepostas com a oferta de medicamentos. No entanto, não podemos deixar de celebrar esses momentos em que resultados começaram a aparecer devido ao pacto pela vida estabelecido no Espírito Santo", comemora, Nésio.

 GERAL - BRASILIA, COVID-19, VACINAÇÃO DRIVE-THRU CORONAVAC -Profissional de saúde nesta quinta-feira, 18 de março, prepara uma dose da vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, antes de aplicar em idoso em um drive-thru. 18/03/2021
Até esta sexta (16), mais de 562 mil capixabas já tinham recebido a primeira dose de vacina contra a Covid-19. (Mateus Bonomi/AGIF - Agência de Fotografia/ Estadão Conteúdo)

O QUE SE SABE DE REINFECÇÃO?

Estudos coordenados por pesquisadores brasileiros mostram que a reinfecção pelo novo coronavírus é possível. Embora as circunstâncias não estejam totalmente esclarecidas, os resultados apontam uma primeira exposição à Covid-19, em casos brandos ou assintomáticos, pode não produzir resposta imunológica e que a pessoa pode se reinfectar, inclusive, com a mesma variante.

O projeto coordenado pelo pesquisador Thiago Moreno, do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), mostrou que a segunda infecção pode provocar sintomas mais fortes do que a primeira. Os dados mostram que para a parcela da população que tem a doença na forma branda, isso não significa que fique imune ou que uma reinfecção evolua de forma benigna.

O material indica que o caso de ser infectado pela mesma variante acontece porque o paciente não teria criado uma memória imunológica. Em relação à outra cepa, ela “escaparia” da vigilância do organismo, pois não seria reconhecida pela memória gerada anteriormente por ser um pouco diferente.

“Essas pessoas só tiveram de fato a imunidade detectável depois da segunda infecção. Isso leva a crer que para uma parte da população que teve a doença de forma branda não basta uma exposição ao vírus, e sim mais de uma, para ter um grau de imunidade”, conta Moreno. “Isso permite que uma parcela da população que já foi exposta sustente uma nova epidemia”.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

Tags:

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais