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Projeto de duplicação da BR 101 será reavaliado após queixas de moradores de Rio Novo do Sul

Projeto de duplicação da BR 101 será reavaliado após queixas de moradores de Rio Novo do Sul

Reunião entre moradores e concessionária responsável pela duplicação foi realizada na sexta-feira (2). Em nota, a Eco101 informou que vai reavaliar o retorno após a praça de pedágio

Publicado em 7 de julho de 2021 às 10:35

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Rio Novo do Sul: projeto de duplicação da BR 101 será reavaliado após queixas de moradores
Projeto de duplicação da BR 101 será reavaliado após queixas de moradores de Rio Novo do Sul. (Internauta)

Moradores de Rio Novo do Sul, na Região Sul do Espírito Santo, estão preocupados com o futuro da cidade após a execução do projeto de duplicação da BR 101, que corta o município. Isso porque, segundo eles, a cidade ficaria dividida, dificultando o acesso de um lado ao outro da rodovia.

O projeto, que foi apresentado por um representante da Eco101 na última sexta-feira (2), em uma reunião no município, prevê um retorno após o pedágio. Se continuar dessa forma, os motoristas que querem seguir a direção norte da rodovia terão que pagar a tarifa duas vezes. Após a reunião, a Eco101, concessionária responsável pela duplicação, informou que o projeto será reavaliado. 

A reunião agendada pelo prefeito de Rio Novo do Sul, Nei Castelari (PP), foi realizada para convidados com a participação de moradores, empresários e autoridades políticas.

REIVINDICAÇÕES DA PREFEITURA 

“Até então, ninguém tinha tido acesso a esse projeto, por isso eu pedi essa reunião com a Eco. Nós pedimos algumas alterações, como a construção de passarelas na sede e na comunidade de Capim Angola, que é uma comunidade grande e é dividida pela rodovia igual à cidade. Também sugerimos um túnel para carros atravessarem a BR, onde já existe um túnel para pedestre. E o nosso principal pedido é mudar o local do retorno, para antes do pedágio”, explicou o prefeito.

Reunião entre moradores e concessionária responsável pela duplicação foi realizada nesta sexta-feira (2). Em nota, a Eco101 informou que vai reavaliar o retorno após a praça de pedágio
BR 101 em Rio Novo do Sul. (Gustavo Ribeiro/TV Gazeta Sul)

O QUE OS MORADORES PEDEM

Os moradores temem que a cidade fique dividida após a concretização da duplicação, já que a travessia da BR 101 será dificultada, caso não tenha passarela e o retorno seja após a praça de pedágio, que fica próximo à localidade do Frade, em Itapemirim.

“Isso vai partir a cidade no meio. Podemos dizer que se isso acontecer, o crescimento da cidade vai acabar e ainda pode gerar infrações de trânsito, porque muitos podem tentar criar atalhos. Além disso, tudo pode ficar mais caro, como passagem de ônibus e entrega de compras”, explicou o morador Sandro Nunes.

O empresário Áureo Mameri, que é proprietário de uma empresa de mármore e granito às margens da BR 101, também participou da reunião e contou que a localização do contorno surpreendeu a todos.

“A reunião foi boa para a gente conhecer o projeto, mas o retorno surpreendeu muito. Isso é inaceitável. Imagina todo rionovense que for para as praias, para Iconha ou Vitória, ter que descer a rodovia, pagar o pedágio, fazer o retorno e pagar o pedágio novamente para seguir sentido Norte”, falou.

Para o advogado e morador de Rio Novo do Sul, Alexandro de Souza, o projeto foi elaborado sem levar em consideração a rotina e as necessidades dos moradores.

“A sensação é que eles não estão sensibilizados com Rio Novo. A cidade vai ser muito prejudicada se o projeto for elaborado dessa forma. A conta vai acabar ficando mais cara para o consumidor. Não tem nem passarela prevista para cá, ou seja, como vamos atravessar? Vale a pena lembrar que essa semana morreu uma pessoa atropelada aqui na BR”, disse.

EMPRESAS DO OUTRO LADO DA PISTA

Áureo Mameri lembrou também que as três maiores empresas de mármore e granito de Rio Novo do Sul estão do lado oposto da cidade e todos os funcionários atravessam a rodovia diariamente, inclusive nos horários de almoço. Rotina, que ficaria afetada caso não tivesse um local adequado para a travessia da BR.

"Essas três empresas que ficam do outro lado da BR têm muitos funcionários que atravessam a rodovia, e aqueles que almoçam em casa, por exemplo, teriam que pagar dois pedágios só para almoçar em casa. Isso precisa ser revisto", argumenta o empresário. 

Ainda segundo o prefeito, ele está pleiteando uma reunião com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para discutir o projeto e buscar as mudanças que a população julga ser necessária. "Nós queremos discutir o assunto com o Dnit também, para que algumas mudanças sejam autorizadas", afirmou.

De acordo com os moradores que participaram da reunião, ainda não há um prazo determinado para início das obras, a previsão é que caso a duplicação na Região Norte continue paralisada, os trabalhos em Rio Novo do Sul possam começar a partir do segundo semestre do ano de 2022.

O QUE DIZ A ECO101

Reunião entre moradores e concessionária responsável pela duplicação foi realizada nesta sexta-feira (2). Em nota, a Eco101 informou que vai reavaliar o retorno após a praça de pedágio
BR 101 em Rio Novo do Sul. (Gustavo Ribeiro/TV Gazeta Sul)

Por meio de nota, a Eco101 informou que nos projetos de duplicação a distância máxima entre retornos na rodovia é de 5 quilômetros. "O projeto de duplicação do trecho da rodovia em Rio Novo do Sul ainda se encontra em revisão e está sendo debatido junto à comunidade local".

A concessionária disse ainda que diante da argumentação dos munícipes de Rio Novo do Sul, será reavaliado o retorno ora locado após a praça de pedágio, de modo que os moradores que têm como destino à capital Vitória não precisem passar compulsoriamente pela praça.

Sobre as passarelas, a Eco101 afirmou que, como o projeto ainda não está finalizado, não é possível informar se serão instaladas e quais seriam as localizações. O prazo para execução das obras também não divulgado.

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