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Profissionais de saúde do ES vão ficar em hotéis para evitar contaminação

Profissionais de saúde do ES vão ficar em hotéis para evitar contaminação

Medida vai atender trabalhadores que não conseguirem manter o distanciamento necessário de seus familiares dentro de suas residências

Publicado em 29 de abril de 2020 às 21:12

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Pelo concurso, os médicos vão ganhar R$ 4 mil por 20 horas semanais e R$ 8 mil por 40 horas semanais.
Trabalhadores da saúde na rede estadual serão contemplados com o pagamento da estadia em hotéis. (Sinop)

Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) está fazendo um levantamento de custos para que profissionais que atuam na linha de frente do enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-19) nos hospitais possam se hospedar em hotéis durante a pandemia. A medida visa diminuir os riscos de transmissão da doença e deverá atender trabalhadores que, em casa, não conseguem manter o distanciamento necessário dos familiares. 

"Estamos disponibilizando os hotéis para os que se sentirem inseguros de voltar para casa. Estamos fazendo o levantamento para a contratação das unidades hoteleiras. O foco, neste momento, é a Grande Vitória", afirma o secretário Nésio Fernandes. 

A Sesa ainda não dispõe do número de trabalhadores que serão beneficiados, nem o valor do investimento porque os dados estão sendo apurados, mas a decisão já está tomada de acordo com Nésio Fernandes. 

Os profissionais da Saúde representam em torno de 30% do número de infectados pelo coronavírus no Espírito Santo. Nesta quarta-feira (28), eram 819 registros de trabalhadores da área no universo de 2.538 casos confirmados da doença no Estado.

Nésio Fernandes explica que há dois fatores que contribuem para o indicador tão significativo. O primeiro é que, no Espírito Santo, houve uma decisão de colocar todos os profissionais da saúde com sintomas gripais no grupo prioritário para ser submetido a testes. Assim, com testagem maior, cresce também a probabilidade de diagnóstico positivo para a doença. Essa medida faz com que não se possa comparar a condição dos trabalhadores daqui com os de outros Estados, na avaliação do secretário. 

O outro aspecto é que, pelo fato de estarem na linha de frente nas unidades de saúde e hospitais, os profissionais estão mais suscetíveis à contaminação do que a população em geral. Por essa razão, destaca Nésio Fernandes, é fundamental que todos adotem medidas individuais de proteção, mesmo quando não se trata de atendimento a pacientes com síndrome gripal, porque algumas pessoas podem estar assintomáticas. 

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