Publicado em 21 de agosto de 2021 às 13:28
Diante da baixa adesão à vacinação contra a Covid-19 do público com menos de 25 anos no Espírito Santo, o governo do Estado avalia a implantação de novas estratégias para ampliar a participação. Uma das medidas é criar postos de imunização em escolas e ampliar o atendimento em terminais do sistema Transcol.>
A informação é do secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, que, em entrevista à CBN Vitória neste sábado (21), disse que o Estado e municípios devem se mobilizar para imunizar mais pessoas dessa faixa etária. >
“Isso poderá exigir que, nas próximas semanas, nós ajustemos as estratégias de vacinação para pontos noturnos, pontos nas escolas, pontos de alto fluxo, para poder garantir o alcance dessa população. Estamos ajustando principalmente com os grandes municípios, de termos a vacinação ocorrendo em terminais, em pontos noturnos onde sabemos que têm uma grande circulação de jovens”, pontuou.>
O secretário avaliou que a comunicação adotada ao longo da pandemia, de que a doença atingiria especialmente idosos e pessoas com comorbidade, pode ter contribuído para uma menor percepção do risco por parte dos jovens. Mas, para conter a doença e avançar para o período pós-pandemia, ele reafirmou que a vacinação de toda a população é primordial.>
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“A mensagem comunicada ao longo da pandemia, vamos dizer que prejudicou um pouco a percepção de risco dos grupos mais jovens. Até porque a ampla maioria desenvolveu condições simples da doença. No entanto, é necessário avançar no controle da circulação do vírus para que possamos inaugurar o ciclo pós-pandêmico no país. Isso só será alcançado com uma ampla cobertura vacinal, permitindo que a população jovem e logo os adolescentes sejam alcançados com as duas doses das vacinas disponíveis”, destacou.>
Na entrevista, o secretário também alertou a população de que a queda nos números de casos, internações e óbitos foi interrompida e que agora o Estado se encontra em um cenário de estabilidade. >
“Neste momento, nós temos um contexto de alerta epidemiológico à população capixaba em que é necessário preservar as medidas de disciplina no baixo risco. Pois, temos sinais de estabilização que podem, nas próximas semanas, voltar a cair ou representar um aumento de casos, como tem acontecido nos Estados vizinhos. Não só a vacina deve ser questionada, se uma, duas ou três doses são suficientes, ou não. Precisamos reconhecer que o comportamento social das pessoas e a forma como algumas atividades não estão obedecendo aos protocolos, podem determinar muito mais do que o sucesso individual das vacinas”, ressaltou.>
Por isso, Nésio reforçou a importância do respeito aos protocolos de uso de máscara e distanciamento, mesmo nos municípios classificados em risco baixo, para evitar o aumento dos indicadores e o retorno de restrições das atividades sociais. >
“Boates, shows, eventos em locais fechados não estão autorizados com pista de dança. Todos devem reconhecer a sua responsabilidade. Neste momento, caso se aponte um comportamento de subida de casos, internações e, no futuro, de óbitos, nós podemos rever as medidas qualificadas da matriz de risco e tomar medidas mais duras nas atividades sociais e econômicas. Coisa que não desejamos, mas que o Estado não se furtará de fazer por uma boa gestão da pandemia”, completou. >
Sobre a terceira dose da vacina em idosos, Nésio afirmou que o Estado aguarda apenas a autorização do Ministério da Saúde. Ele frisou que a aplicação poderá ser com a mesma vacina já aplicada na D1 e D2, ou com uma vacina diferente, a chamada vacinação heteróloga. “As duas opções, nós acreditamos, que serão apresentadas pelo Ministério da Saúde na próxima semana”, concluiu.>
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