Publicado em 28 de junho de 2020 às 14:55
Em parceria anunciada pelo governo federal, neste sábado (27), com a Universidade de Oxford, na Inglaterra, e com a AstraZeneca para compra de lotes e transferência tecnológica, são esperados resultados preliminares de eficácia da vacina para a Covid-19 entre outubro e novembro deste ano. São 100 milhões de doses previstas no acordo para serem produzidas no Brasil por meio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). >
De acordo com informações da Agência Estado, para os primeiros lotes, o país receberá o princípio ativo da vacina (Concentrado Vacinal Viral - IFA), mas com a produção e envasamento do imunizante em território nacional.>
Com os dados de segurança da vacina, o primeiro lote de 30,4 milhões de doses será distribuído para o grupo prioritário, de pessoas idosas e comorbidades, por exemplo, explicou o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros. O primeiro lote, com 15,2 milhões de doses, é esperado para dezembro. Segundo Franco, para a Agência Estado, tendo essas vacinas, o Brasil já poderá começar a distribuição. O segundo lote, com os outras 15,2 milhões de doses, estão previstas para janeiro de 2021.>
De acordo com o Ministério da Saúde, se a vacina obtiver o registro no Brasil, serão produzidas mais 70 milhões de doses em um segundo momento.>
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O investimento, segundo divulgado pelo jornal O Globo, será de US$ 127 milhões, cerca de R$ 693,4 milhões. >
Segundo o Governo, conforme veiculado pelo jornal O Globo, as doses apenas serão administradas após a finalização dos estudos clínicos e a comprovação da eficácia. Atualmente, a pesquisa já se encontra na última etapa, a de testes clínicos, já tendo sido testada em animais e grupos de humanos. >
A vacina, diferente do que se pensa, não é composta pelo próprio vírus da Covid-19, mas é feita por um fragmento de proteína do vírus, o Sars-CoV-2, junto de um outro vírus (adenovírus) que, além de ser inócuo ao humano, é inativado.>
O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti Neto, destacou que no Brasil há seis vacinas em testes em fase pré-clínica e que todas estão sendo acompanhadas pelo Ministério da Saúde. "Semana que vem, traremos muito mais informações envolvendo boas perspectivas", disse. >
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, afirmou neste sábado (27), que a parceria voltada à produção de uma vacina de prevenção da Covid-19 é apenas um dos esforços do governo federal para que o Brasil volte "à normalidade". Há uma série de outras providências tomadas em conjunto, disse Franco, como estudos para o tratamento, manejo clínico e prevenção da doença. >
Foi o mesmo tom adotado pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti Neto. Para ele, é necessário ter uma visão integral do contexto brasileiro para se discutir uma normalização, como dados de óbitos e comportamento do coronavírus nas diferentes regiões do país.>
Segundo Angotti, já são 468 projetos de pesquisa voltados à Covid-19 aprovados pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), envolvendo tratamento, vacinação e estudos de histórico da enfermidade.>
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