> >
MPES apura caso de servidor de prefeitura que negou ambulância a morador

MPES apura caso de servidor de prefeitura que negou ambulância a morador

Em áudio, então chefe da Central de Ambulância do município aparece negando atendimento a um morador, alegando que ele falou mal da administração, e manda homem acionar Samu

Publicado em 27 de março de 2024 às 11:27

Ícone - Tempo de Leitura 2min de leitura

O caso do servidor da Prefeitura de Nova Venécia, no Noroeste do Espírito Santo, que negou o serviço de ambulância para um morador do município alegando que o homem havia falando mal da administração municipal, será apurado pelo Ministério Público do Espírito Santo. Em nota enviada na manhã desta quarta-feira (27), o MPES informou que vai instaurar notícia do fato para ouvir as pessoas envolvidas para apurar eventual improbidade administrativa e analisar possível infração penal.

A situação veio à tona após um áudio em que ele nega a solicitação circular em aplicativo de mensagens de texto. Um solicitante liga para a Central de Ambulâncias pedindo socorro para um vigia da rodoviária da cidade, que estava ao chão com o pé lesionado. O então chefe da Central de Ambulâncias do Município, Eduardo Cesana, respondeu: “Não vou atender ele, não. Ele fala muito mal da administração. Manda ele ligar para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência)”. (Confira no vídeo acima o atendimento).

Procurado pela reportagem de A Gazeta, o secretário de saúde de Nova Venécia, Josiel Santana, informou que o município está à disposição para prestar esclarecimentos. “O que aconteceu não é uma prática comum do município, nós nunca fizemos nenhum tipo de negligência com atendimento. Corrigido o erro, agora é bola para a frente. E qualquer órgão que precisar de informação, Ministério Público ou imprensa, a gente vai esclarecer, porque é prática do prefeito, prática do secretário de saúde”, disse o secretário.

Exoneração do servidor

O gestor disse que assim que o município soube do ocorrido convocou o servidor para que ele fosse exonerado e que Eduardo também pensava em pedir o fim do contrato. “A gente chamou o servidor e automaticamente foi feita a exoneração. Ambas as partes já estavam com essa ideia na cabeça, tanto o município quanto o servidor. Por se tratar de um cargo em comissão, não precisou abrir processo administrativo”, disse.

Para A Gazeta, na manhã desta quarta-feira (27), Eduardo confirmou a exoneração. “Eu assinei (a exoneração) ontem e já me desliguei da prefeitura”, disse. O servidor disse ter cometido um erro ao negar a ambulância com a justificativa que deu, e afirmou que teve uma fala infeliz.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais