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Publicado em 21 de dezembro de 2021 às 19:54
- Atualizado há 4 anos
A epidemia de gripe e a continuidade da pandemia do coronavírus, que voltou a ganhar força no mundo com a variante Ômicron, levaram o secretário de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, a recomendar que os capixabas não façam comemorações com grande quantidade de pessoas nas festas de final de ano.>
Em entrevista exclusiva para A Gazeta e na Rádio CBN Vitória nesta terça (21), o secretário orientou que as famílias realizem teste de Covid-19 antes das celebrações de Natal mesmo sem a presença de sintomas.>
Nésio destacou que todas as recomendações são feitas com base nas evidências do momento e ponderando que a variante Ômicron é mais transmissível que a variante Delta. >
Ele explicou que em ambientes com melhor cobertura vacinal e com grande exposição prévia da população ao vírus original, o impacto da Ômicron nas taxas de mortalidade não é tão grande em comparação com territórios com baixa cobertura vacinal.>
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Nésio Fernandes
Secretário de SaúdeNo Espírito Santo, tanto o teste de antígeno quanto o teste RT-PCR são amplamente oferecidos em todos os municípios do Estado, na rede pública de saúde. >
O secretário também reforçou o pedido para que as pessoas que não se vacinaram ainda, o façam. "Se tem algum familiar que não quis se vacinar, estimule que ele se vacine. Ainda tem tempo, as vacinas estão disponíveis.">
O governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde do Espírito Santo (Sesa), informou que 74 pessoas foram contaminadas pelo vírus H3N2, um dos subtipos de vírus que causa a Influenza A, doença popularmente conhecida como gripe. Foram identificados ainda cincos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Influenza e duas pessoas morreram.>
A Sesa afirmou que, até o momento, não há confirmação de que a cepa que está circulando no Espírito Santo é a mesma que tem sido observada nos demais Estados.>
Sobre os testes para tentar identificar a cepa Darwin no Estado, a Sesa informou que "aguarda resultados de sequenciamentos genéticos que foram encaminhados para a Fiocruz" e que "guarda o restabelecimento do sistema de notificação do Ministério da Saúde para ter o balanço completo sobre a Influenza no Estado". >
Apesar de ser uma variante diferente da gripe, a infectologista Rubia Miossi afirma que praticamente não há diferenças entre os sintomas de Influenza. “A cepa de H3N2 Darwin é de fato nova, mas os sintomas são os mesmos da gripe. O vírus continua sendo Influenza”, disse.>
Os sintomas também são parecidos com outra nova variante que também tem causado preocupação, a Ômicron, da Covid-19. Segundo o infectologista Paulo Mendes Peçanha, as duas infecções podem ser inicialmente confundidas, mas há formas de se diferenciar.>
“No início, as duas apresentam sintomas muito semelhantes. Congestão nasal, febre, dores no corpo e na garganta, tosse, cansaço. O que se diferencia é que a gripe costuma melhorar depois de cinco dias, já a Covid piora a partir da segunda semana e perdura por muito mais tempo.”>
Já entre as outras variantes do coronavírus o médico explica que é mais fácil diferenciar. “A cepa original da Covid-19 e a Delta se diferenciam pela perda de paladar e olfato, por exemplo, que são muito característicos", diz.>
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