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Instabilidade em serviços da Vivo revolta moradores na Grande Vitória

Instabilidade em serviços da Vivo revolta moradores na Grande Vitória

Reportagem recebeu reclamações de usuários da operadora desde o fim do mês de março, quando o problema teria piorado

Publicado em 3 de abril de 2024 às 13:18

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Aparelho de telefone celular smartphone
Moradores da Grande Vitória enfrentam instabilidade em serviços da Vivo. (Tânia Rêgo / Agência Brasil)

Uma instabilidade relatada em serviços da Vivo tem causado irritação em moradores de diversos bairros da Grande Vitória nos últimos dias, afetando a rotina dos capixabas – que deixam de utilizar televisão, enfrentam a lentidão da internet no celular e sofrem até prejuízo financeiro causado por problemas na comunicação. A reportagem de A Gazeta e a produção da TV Gazeta vêm recebendo reclamações de usuários da operadora desde o fim do mês de março, quando o problema teria piorado.

Segundo relatos, a instabilidade afeta a chamada internet fixa, que utiliza roteador e fios, a internet móvel usada no celular, o telefone fixo e o serviço de televisão por assinatura. Diferentes regiões de Vitória Vila Velha têm sofrido com o problema. A reportagem de A Gazeta conversou por telefone com quem relata o problema, e a reclamação é unânime: a operadora até promete melhorias, mas não cumpre.

A presidente da Associação Comunitária de Antônio Honório, na região de Goiabeiras, em Vitória, Sandra Corona, relata que está enfrentando instabilidade no roteador de casa e na internet do telefone. Aos fins de semana, Sandra produz e vende marmitas de almoço. O trabalho, porém, tem sido afetado diretamente pela falta de conexão à internet.

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O problema começou no dia 13 de março, quando fiquei sem internet, parou de funcionar. Estou perdendo provas da faculdade e também perco dinheiro no trabalho. Vendo marmitas, mas sem a internet não consigo me comunicar com os clientes. A Vivo dá previsões, mas não resolve

Sandra Corona
Associação Comunitária de Antônio Honório
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Segundo a presidente da associação comunitária, protocolos foram abertos para que a Vivo resolvesse o problema. O que, segundo ela, não adiantou. Até a manhã desta quarta-feira (3), Sandra Corona seguia sofrendo com a falta de conexão.

A alguns quilômetros de Goiabeiras, mas ainda em Vitória, quem relata problema semelhante é o engenheiro Mauro Paoliello, que mora em Praia de Santa Helena. Ele explica que não é o único da região a enfrentar dificuldade na comunicação. O engenheiro relatou que os moradores do prédio onde mora têm sofrido com a mesma situação.

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Desde o dia 23 de março tenho tido problemas, passei fim de semana sem o serviço. Chegou a voltar a funcionar, mas caiu novamente. Quando ligo para a Vivo, prometem uma visita do técnico, mas não enviam ninguém. Estou sem poder me comunicar, é um absurdo

Mauro Paoliello
Engenheiro morador de Santa Helena
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Mauro contou à reportagem que a família não consegue utilizar a TV por assinatura em casa há alguns dias, e que todos têm dificuldade de usar a internet do celular.

Também recebemos reclamações de outros locais, como a Praia da Costa, em Vila Velha, e os bairros Itararé e Praia do Canto, em Vitória. Entre Vitória e Vila Velha, os problemas enfrentados são semelhantes, na internet e na telefonia.

Problema foi alvo da Defensoria Pública no ES

Esta não é a primeira vez que moradores do Espírito Santo relatam problemas nos serviços oferecidos pela Vivo. Desde o fim do ano passado, a instabilidade já foi relatada em Vitória e em Linhares, por exemplo. Em novembro de 2023, os moradores de Linhares, no Norte do Espírito Santo, reclamaram da instabilidade no sinal de internet e telefone. No fim do mês de dezembro, a reclamação foi registrada na Grande São Pedro, em Vitória. Em janeiro deste ano, moradores de Jardim da Penha, na capital, também relataram problemas nos serviços da operadora.

O problema de moradores e comerciantes com a Vivo entrou no radar da Defensoria Pública do Espírito Santo ainda no fim do ano passado. Um ofício foi enviado à operadora no dia 28 de dezembro, com questionamentos sobre a normalização dos serviços e até uma possível compensação para os afetados. No documento, o defensor Vitor Valdir Ramalho Soares, do Núcleo de Defesa do Consumidor, afirma que as principais reclamações pontuadas foram: falhas frequentes no serviço, como sinal fraco ou inexistente, insatisfação com a resposta da empresa e queixas sobre tentativas de vendas indesejadas de planos.

Após a apresentação dos problemas, uma série de cobranças foram feitas à empresa. Em nota, a Vivo informou que recebeu o ofício e que apresentará uma resposta. "A companhia ressalta que vem atuando de forma constante para melhorar a qualidade dos seus serviços", pontuou a empresa.

O que diz a Vivo

A reportagem de A Gazeta procurou a Vivo e apresentou as reclamações feitas pelos moradores na Grande Vitória. Perguntamos se o problema é conhecido pela empresa e desde quando está acontecendo. A Gazeta também perguntou se há algum prazo para que a empresa resolva o problema.

Em nota inicial, a Vivo informou que alguns clientes da operadora em Vila Velha podem estar com dificuldades para utilizar os serviços de telefonia "devido a vandalismo em equipamentos da empresa, o que impactou no correto funcionamento da rede". A companhia garantiu ter acionado equipes técnicas que trabalham para o restabelecimento dos serviços no menor prazo possível. Não foi informado, porém, qual o prazo.

"A Vivo ressalta que furtos, roubos e vandalismo de equipamentos e cabos impactam diretamente os serviços de telecomunicações, prejudicam a população e comprometem os serviços de utilidade pública, como polícia, bombeiros e emergência médica. A empresa mantém em seu site vivo.com.br orientação para que a população ligue para a Polícia Militar (190) ou para o canal de denúncias da empresa, quando identificada uma ação suspeita", informou em nota.

A resposta divulgada inicialmente pela Vivo não citou o problema em Vitória. Sobre o novo questionamento feito pela reportagem de A Gazeta, não detalhou sobre a situação do serviço na Capital capixaba. 

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