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Publicado em 19 de abril de 2025 às 13:57
A casa de dois andares que desabou na noite de sexta-feira (18) no bairro Areinha, em Viana, apresentava fissuras no teto e rachaduras nas colunas de sustentação, além de outros problemas estruturais. Familiares costumavam alertar a família sobre os riscos de continuar vivendo no local.>
O desabamento vitimou o casal José Antônio Nunes, de 56 anos, e Joelma de Souza Ferreira, 48 anos, que não resistiu ao ficar sob os escombros. A filha deles, Jasmin Nunes, de 7 anos, foi resgatada com vida. Ela recebeu atendimento médico e, depois, foi levada para a casa de parentes. Outra filha, Juliana Nunes, de 26 anos, não estava na residência na hora da tragédia.>
Fotos enviadas à reportagem da TV Gazeta pela Defesa Civil mostram rachaduras nas colunas, fissuras no teto e sinais de comprometimento da estrutura da casa. Lourival Vidal, tio de José Antonio, mora próximo da residência que desabou e conta que sempre orientava o sobrinho a sair do local. “O barulho foi muito forte. Eu já imaginei o pior. Peguei logo a marreta para tentar ajudar”, contou Lourival, que é mestre de obras, ao repórter João Brito, da TV Gazeta.>
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Lourival foi o primeiro a chegar no local e logo tentou retirar os escombros para socorrer os moradores, mas encontrou o sobrinho já sem vida. Para ele, era uma tragédia anunciada. “A casa desde o início foi mal estruturada. A fundação foi mal feita. A casa estava totalmente rachada. Não tinha condições de ninguém morar nessa casa mais. Eu sempre falava para ele sair dali. Ofereci ajuda, mas ele insistia em ficar.”>
Jocélia de Jesus, irmã de Joelma, também costumava alertar a família a se mudar temporariamente para um lugar mais seguro. “Se você não quiser ir para casa do Lourinho, vai lá para casa, cara. Não fica dentro dessa casa, não”, relembra Jocélia.
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A filha mais velha do casal, de 26 anos, havia saído para lanchar com o namorado e retornou à residência poucos minutos após o desabamento. Ela presenciou o resgate da irmã mais nova e a confirmação da morte dos pais. A família estava em processo de construção de uma nova casa no terreno ao lado, mas a mudança ainda não havia sido concretizada.>
A Defesa Civil avaliou que não há risco imediato para as casas vizinhas, mas recomendou que os moradores fiquem atentos a qualquer mudança estrutural e acionem o órgão em caso de dúvida. Partes da área do desabamento seguem isoladas, e a remoção dos escombros está sendo feita gradualmente.>
O órgão orienta que toda construção ou reforma seja realizada com acompanhamento técnico especializado, por profissionais habilitados, e com elaboração de projetos estruturais, respeitando as normas de segurança vigentes. A ausência desses cuidados pode resultar em sérios riscos à vida e ao patrimônio.
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Além disso, é fundamental observar sinais de comprometimento estrutural, como:>
Ao identificar qualquer um desses sinais, a recomendação é evacuar o imóvel imediatamente e entrar em contato com a Defesa Civil.>
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