Apesar de ter sua identificação registrada em 2020 no Brasil, a Covid-19 ainda deixa reflexos na saúde brasileira quase cinco anos depois dos primeiros casos e da pandemia. Atento aos cuidados com a doença, o Ministério da Saúde atualizou a estratégia de vacinação para todo o país, onde pastas estaduais receberam novas orientações para as imunizações.
Agora, a vacina contra a Covid consta no Calendário Nacional de Vacinação de gestantes e idosos, que contam ainda com uma nova fórmula da vacina, que começou a ser entregue pelo Ministério na última terça-feira (10). Apesar do cuidado com os mais velhos e com as grávidas, outros grupos também precisam estar atentos à imunização, como explicou Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, em entrevista à Rádio CBN Vitória na manhã desta sexta-feira (13).
Segundo Maciel, em seu auge, a Covid já chegou a registrar mais de 400 mil mortes por ano no Brasil. Porém, com as estratégias atualizadas de vacinação, os números caíram para 5 mil óbitos por ano, o que ainda mantém aceso o alerta contra a doença que, além de cuidados primários, tem a vacina como principal caminho para a prevenção.
“As novas evidências científicas mostram os benefícios de uma vacinação com um intervalo mais curto para idosos e imunocomprometidos. Agora, são indicadas duas doses ao ano, ou seja, uma dose a cada seis meses para que esses grupos fiquem mais protegidos”, frisou Ethel.
De acordo com a secretária, para os grupos especiais, compostos por pessoas vivendo em instituições de longa permanência, imunocomprometidas, indígenas vivendo fora ou em terra indígena, ribeirinhos, quilombolas, puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente, pessoas com comorbidades, pessoas privadas de liberdade, funcionários do sistema de privação de liberdade, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas e pessoas em situação de rua, é recomendada uma vacina por ano.
Já para pessoas saudáveis e adultas fora dos grupos especiais, não há, no momento, recomendação específica de vacinação.
“Se a pessoa estiver com as vacinas em dia, não há necessidade de novas doses no momento. Caso não tenha recebido nenhuma dose, pode ir até uma unidade de saúde e tomar uma única dose. A questão de não recomendar vacinação para esses grupos se baseia nas evidências científicas disponíveis, que indicam que a imunização atual continua oferecendo proteção suficiente”, explicou.
Segundo Ethel, tudo o que foi aprendido na pandemia para prevenção contra a doença não deve ser deixado de lado, mesmo com os esquemas vacinais em dia.
“Se a pessoa tem um sintoma gripal, é ideal que faça o teste para confirmar o que é. Pode ser gripe, pode ser Covid e é importante conferir. A velha e boa máscara continua sendo uma medida de prevenção quando necessário, por exemplo. Não podemos abrir mão do que aprendemos”, destacou a secretária, afirmando que a população mundial deve se cuidar e se preparar para uma próxima pandemia.
“Com certeza teremos outra [pandemia]. A história nos mostra isso. Não sabemos quando ou qual, mas devemos nos preparar”, salientou.
De acordo com Maciel, o alerta de saúde do momento no país e, principalmente no Espírito Santo, é voltado para o vírus Oropouche, doença que tem pelo menos um óbito confirmado no Estado, onde uma mulher de 61 anos, moradora de Fundão, faleceu em agosto.
“Na próxima semana, o Espírito Santo vai receber um seminário nacional com os maiores especialistas do país para discutir o cenário da doença. Vamos falar dos possíveis vetores, das adaptações dela e quais são os alertas para a população.”
Com organização do Ministério da Saúde, o painel “Emergência de Oropouche na Região Extra-amazônica” acontece segunda-feira (16) e terça-feira (17), a partir das 8h30, no Alice Vitória Hotel, no centro da Capital.
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