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Publicado em 17 de novembro de 2022 às 14:44
Depois da derrota no segundo turno das eleições, no dia 30 de outubro, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), se afastou dos compromissos públicos. Na quarta-feira (16), quem representou o governo federal na cerimônia de recebimento das cartas credenciais de embaixadores foi o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos). >
No evento, Mourão comentou o estado de saúde do presidente e depois, em entrevista ao jornal O Globo, o vice-presidente e senador eleito pelo Rio Grande do Sul informou que Bolsonaro está com uma ferida na perna. “É uma questão de saúde. Está com uma ferida na perna, uma erisipela”, disse.>
Na fala, Mourão disse que o presidente não pôde comparecer devido a impossibilidade de se vestir adequadamente. “Não pode vestir calça. Como é que ele vai vir pra cá de bermuda?”. >
Porém, entre os sintomas da erisipela estão fraqueza, náuseas e tremores. Caso não seja tratada adequadamente, a doença pode se agravar e levar a quadros com risco à vida.>
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No site da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, a erisipela é definida como “um processo infeccioso da pele, que pode atingir a gordura do tecido celular, causado por uma bactéria que se propaga pelos vasos linfáticos. Pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, mas é mais comum nos diabéticos, obesos e nos portadores de deficiência da circulação das veias dos membros inferiores”.>
Erisipela soa, à maioria, como um nome novo. O artigo da Biblioteca Virtual em Saúde traz, também, alguns nomes que podem ser mais familiares, como esipra, mal-da-praia, mal-do-monte, maldita e febre-de-santo-antônio.>
A erisipela é um infecção de pele, causada por bactérias do tipo Streptococcus pyogenes, Staphylococcus aureus, Haemophilus influenzae e outros. O acesso desses organismos ao corpo humano, pode ser por meio de ferimentos simples, como arranhões, picadas de insetos e micoses. >
Entre os sintomas da erisipela estão fraqueza, náuseas e tremores. >
Dependendo da condição do paciente e sem tratamento adequado, a doença pode evoluir para quadros mais graves e até a óbito.>
Quando evolui, a erisipela pode acometer camadas mais profundas da pele e deteriorar os músculos, podendo chegar à amputação de membros. Quando há uma infecção grave, o corpo pode reagir de forma agressiva, desencadeando um conjunto de reações inflamatórias, a sepse, que pode ser fatal.>
Entre os principais fatores de risco estão a obesidade, diabetes, doenças imunossupressoras, uso de medicamentos imunossupressores e problemas circulatórios. Idosos e grávidas também estão entre os mais vulneráveis à doença. >
Antibióticos, repouso e cuidados com o local afetado, em grande parte dos casos, costumam fazer com que a infecção regrida. Vale ressaltar que tanto o diagnóstico quanto o tratamento devem ser conduzidos por um médico. >
O profissional da saúde vai avaliar a condição do paciente, como apurar se há algum fator de risco e como ele pode influenciar no procedimento. Listamos, abaixo, algumas fases que costumam ser comuns no tratamento da erisipela:>
- Eliminar a bactéria causadora com antibióticos. É possível que seja necessário a administração de doses intramusculares de penicilina (benzetacil);
- Tratar da lesão ou membro afetado, para fechar a porta de entrada do corpo ao vírus. Braços e pernas devem passar um tempo em repouso e erguidos. Pode ser necessário enfaixar o local;
- Para não criar um ambiente propício às bactérias, o local da infecção deve ser limpo adequadamente;
- Os demais sintomas são tratados com medicação de apoio como antinflamatórios, antifebris, analgésicos e outras que atuam na circulação linfática e venosa.
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Ao confirmar o diagnóstico do presidente, Mourão não disse o que levou o presidente à infecção. >
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