Repórter / [email protected]
Publicado em 23 de dezembro de 2025 às 18:59
A rede social foi o meio usado por um homem de 53 anos para aliciar crianças e adolescentes para exploração sexual em uma casa em Vila Velha. Preso em flagrante na noite de segunda-feira (22), ele é indiciado por rufianismo - lucrar com a prostituição de outra pessoa -, por manter casa de prostituição e por exploração sexual. Segundo a investigação, o suspeito enviava mensagens privadas (DMs) prometendo dinheiro fácil às jovens. >
De acordo com o delegado Marcelo Cavalcanti, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), após o convite pelas redes sociais, o homem levava as vítimas até a residência usada como casa de prostituição. No local, oferecia bebidas alcoólicas às meninas para que se sentissem mais à vontade e se acostumassem ao ambiente onde seriam exploradas sexualmente. Os nomes dos envolvidos e o bairro onde o crime ocorreu não foram divulgados em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA/Ecriad).>
Prisão em flagrante e vítimas>
A prisão em flagrante ocorreu após denúncias feitas pelo número 181. Na casa, a polícia encontrou três vítimas, uma de 14 anos e duas de 16, e já identificou outras quatro adolescentes com menos de 18 anos que também foram aliciadas. >
>
Como denunciar casos parecidos?
O delegado Marcelo Cavalcanti explicou que a exploração sexual de crianças e adolescente é crime com pena prevista de sete anos. No Espírito Santo existem três formas de denunciar:
O delegado relatou que, na noite anterior à prisão, as adolescentes cobravam R$ 250 por programa e repassavam R$ 50 ao dono do local. Um print de conversa anexado ao inquérito reforça a linha de investigação de aliciamento, mostrando o momento em que o suspeito pergunta a idade da jovem e ela responde ter 14 anos. Testemunhas também informaram que a casa era frequentada por pessoas ligadas ao tráfico do bairro. >
A maior parte das vítimas mora na própria região onde fica o imóvel usado como casa de prostituição, mas meninas de outros estados também foram atraídas. Segundo Cavalcanti, duas adolescentes de 16 anos são de Minas Gerais: uma tem família em Vila Velha e a outra não tem parentes no Espírito Santo, tendo vindo apenas por causa do aliciamento. A investigação indica ainda que uma criança de 11 anos já teria frequentado o local.>
O delegado explicou também que, dentro da comunidade, o suspeito obtinha informações sobre meninas consideradas mais vulneráveis ao aliciamento. As apurações apontam que ele era proprietário do imóvel, além de responsável por aliciar as adolescentes e captar os clientes. >
Cavalcanti descreveu a casa como um ambiente em condições inadequadas, sem qualquer tipo de autorização para funcionamento. Segundo ele, o imóvel estava destruído por dentro e o quarto onde ocorriam os abusos era “uma nojeira”, expressão usada para caracterizar a precariedade e insalubridade do local. O delegado ressaltou que a lei protege crianças e adolescentes e pune com rigor os crimes de natureza sexual.>
As meninas foram encaminhadas à DPCA e atendidas pela equipe psicossocial. Elas relataram aos agentes que os pais não sabiam da situação, mas a polícia informou que os responsáveis serão localizados e ouvidos. O homem permanece indiciado por rufianismo, por manter casa de prostituição e por exploração sexual de crianças e adolescentes.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta