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Publicado em 16 de abril de 2021 às 19:14
Um dos resultados da quarentena adotada no Espírito Santo para conter o avanço do contágio da Covid-19 é a diminuição de novos casos da doença. E um dos efeitos que já começam a ser observados, segundo informou o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, é a redução na pressão hospitalar por leitos de enfermaria e de UTI exclusivos para a doença. >
“Avaliamos que com a amplitude da quarentena nos podemos agora viver uma quebra na curva de novos casos, de forma mais rápida e consolidada do que em curvas de períodos anteriores da pandemia. Passaremos a observar redução por novos leitos e na taxa de ocupação nas próximas duas ou três semanas”, explicou o secretário em entrevista na tarde desta sexta-feira (16).>
Outro ponto positivo, acrescentou Nésio, é que este mesmo comportamento começará a ser observado também na taxa de mortos pela Covid-19. >
Uma prova deste avanço foi que a sexta-feira (16) foi marcada pela ausência de pacientes aguardando por leitos, na fila de espera. "Amanhecemos no dia de hoje com uma situação que nos deixa muito feliz e nos enche de esperança, que nos dá a certeza dos resultados da quarentena: na manhã de todo o dia de hoje, nenhum paciente amanheceu esperando mais de 24 horas para uma vaga no Samu e nem na Central de Regulação de Leitos do Estado. Alcançamos uma capacidade de absorção de casos novos", diz Nésio.>
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Fato que também foi comemorado pelo governador Renato Casagrande em suas redes sociais.>
A conquista, porém, não permite esquecer que o momento ainda é muito crítico. E mesmo que ainda haja oferta de leitos, os hospitais da rede privada e os filantrópicos enfrentam dificuldades para obter medicamentos, principalmente os destinados a intubação dos pacientes. >
"Ainda vivemos um período muito crítico, com muitos pacientes internados, com dificuldades sobrepostas com a oferta de medicamentos. No entanto, não podemos deixar de celebrar esses momentos em que resultados começaram a aparecer devido ao pacto pela vida estabelecido no Espírito Santo", assinala Nésio.>
O secretário fez ainda um alerta de que na busca por leitos de UTI, cerca de 30% dos pacientes encaminhados aos hospitais não tinham o perfil para esta modalidade de internação. “Persiste em alguns serviços uma avaliação inadequada do real perfil dos pacientes de UTI. Muitos que chegaram aos hospitais, após avaliação, receberam alta”, explicou.>
Ele negou ainda que a redução observada na ocupação hospitalar seja decorrente apenas de mais óbitos. “Há redução sustentada nos pacientes novos, em vários dias. Em paralelo, temos que destacar que o estado ampliou quase 600 leitos em dois meses”, disse.>
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