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Covid-19: o que será preciso para que risco permaneça baixo nos municípios

Covid-19: o que será preciso para que risco permaneça baixo nos municípios

Especialistas afirmam que para Estado continuar com risco baixo na maioria dos municípios, ainda são necessárias medidas como o uso de máscara e evitar aglomerações

Publicado em 27 de setembro de 2020 às 08:32

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Máscara e mapa do ES
Ainda é preciso manter o uso das máscaras, segundo especialistas. (Teddy Rawpixel/Rawpixel/Montagem Editoria visual)

O Governo do Estado confirmou em publicação do Diário Oficial, neste sábado (26), que 75 municípios do Espírito Santo estão em risco baixo para o novo coronavírus (Covid-19) e que apenas três estão em risco moderado: Montanha, São José do Calçado e Ibatiba.

Apesar da boa notícia, o governador Renato Casagrande chamou a atenção para a necessidade da população continuar seguindo o protocolo de medidas para evitar a disseminação do vírus. Para entender o que será preciso fazer para o mapa de risco continue baixo, A Gazeta conversou com especialistas. 

Para o infectologista Lauro Ferreira Pinto, é compreensível que as pessoas estejam cansadas após seis meses de confinamento. Mas ele chamou a atenção para o aumento de jovens se infectando nas últimas semanas, aumentando a taxa de transmissão na Grande Vitória - embora o número de óbitos ainda seja considerado baixo atualmente. 

"Tem havido mais infecção entre jovens de 20 a 40 anos e isso é um dado mundial. O dado bom é que a mortalidade caiu muito porque os novos infectados são mais jovens, sem complicações, e também porque houve um aprendizado esse tempo todo nos procedimentos hospitalares. O lado preocupante é que esses jovens transmitem o vírus para os pais e avós. Ainda tem muitos casos acontecendo e a taxa de transmissão está aumentando na Grande Vitória. Estamos exaustos, mas a pandemia ainda não acabou. Ainda não dá para retomar a vida totalmente ao normal. É preciso entender que esse é um momento único em 100 anos. A última vez que passamos por algo parecido foi na Gripe Espanhola, em 1918", disse.

Ele completou que para o mapa de risco continuar com risco baixo na maioria dos municípios, é necessário o uso de máscara - principalmente em ambientes internos, além de ainda ser preciso evitar aglomerações e manter cuidado com aqueles que não convivemos em casa. 

Já a pediatra Filomena Alencar, que é doutora em doenças infecciosas e parasitárias, afirmou que é necessário manter os cuidados sanitários previstos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) enquanto houver a pandemia. Pois mesmo que atualmente o Espírito Santo esteja em risco baixo, os números podem aumentar nas próximas semanas se não houver os cuidados como uso correto das máscaras e distanciamento social.

"É importante manter o distanciamento social, usar a máscara sem tocá-la, ter sempre as mãos limpas com água e sabão ou álcool em gel, e não usar as máscaras por mais de duas horas. Vale lembrar que o distanciamento de pelo menos um metro e meio é tão ou mais importante que as máscaras. Também ainda devemos evitar ambientes fechados e com ar-condicionado porque se alguém contaminado tossir ou espirrar, o vírus pode ficar suspenso no ar", disse a médica.

Acrescentou que devemos ir apenas em locais essenciais. "Vejo muita gente culpando a volta às aulas, mas aglomera na praia. Os assintomáticos não demonstram a doença enquanto estão transmitindo. Então, mesmo em risco baixo, sem os cuidados, pode haver picos de aumento de casos", disse. 

Na última sexta-feira (26), ao apresentar o novo mapa de risco,  Casagrande pediu que a população capixaba continue seguindo os protocolos, para seguir avançando e tendo vitórias no combate ao novo coronavírus. Ele completou que enquanto não houver a vacina, vamos conviver com vírus e podemos ter óbitos. 

"É muito bom a gente ver esse mapa quase totalmente verde. Mostra que estamos conseguindo dar passos, reduzindo óbitos. Salvar vidas é o nosso objetivo. O primeiro mapa tinha vermelho e amarelo na Região Metropolitana e depois foi ficando amarelo e vermelho e, com o tempo, fomos conquistando a cor verde. O último agora está praticamente todo verde, fico feliz de olhar para este mapa. Mas sei que ainda temos um percurso pela frente, vamos ter que caminhar porque ainda temos óbito. O vírus ainda está contaminando. Todos nós, juntos, conseguimos vitórias importantes".

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