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Covid-19: ES vai comprar mais 100 mil testes para detectar doença

Covid-19: ES vai comprar mais 100 mil testes para detectar doença

Estado ainda possui 30 mil testes enviados pelo Ministério da Saúde que vão vencer no dia 19 de dezembro. No entanto, todo o estoque deve ser usado antes do prazo limite

Publicado em 25 de novembro de 2020 às 20:31

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Lacen já realizou mais de 120 mil testes da Covid-19
Lacen realiza de dois a três mil testes de Covid-19 por dia no Espírito Santo. (Governo do Estado/Divulgação)

Diante da polêmica dos testes de Covid-19 armazenados pelo governo federal que estão perto de perder a validade, a reportagem de A Gazeta procurou a Secretaria de Saúde do Espírito Santo (Sesa) para saber qual a situação atual do estoque de testes em território capixaba.

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 De acordo com a Sesa, o Estado possui 30 mil testes enviados pelo Ministério da Saúde que vão vencer no dia 19 de dezembro, ou seja, em menos de um mês. No entanto, todo o estoque deve ser usado antes do prazo limite e mais 100 mil testes estão sendo adquiridos pela secretaria. 

Em nota, a Sesa explicou que o Laboratório Central (Lacen) analisa de dois a três mil testes diariamente e, com isso, todo o estoque do Ministério da Saúde deve ser usado antes do vencimento. 

Para manter o processo de testagem ativo, o Estado confirmou que já está finalização a aquisição de mais 100 mil testes do tipo PCR, mas sem informar quando os mesmos estarão disponíveis.

JOGO DE EMPURRA

A discussão em torno do estoque e validade dos testes se dá após a divulgação de que 6,86 milhões de testes RT-PCR para o diagnóstico do novo coronavírus estão em um armazém do Ministério da Saúde na cidade de Guarulhos, em São Paulo, prestes a perderem o prazo de uso. Para se ter uma ideia da perda, que pode chegar a R$ 290 milhões, apenas cinco milhões de testes deste tipo foram realizados no país até o momento da pandemia.

De acordo com informações da Agência Estado, a responsabilidade pelo prejuízo que se aproxima virou um jogo de empurra entre o Ministério da Saúde, de um lado, e Estados e municípios, de outro. Isso porque a compra é feita pelo governo federal, mas a distribuição só ocorre mediante demanda dos governadores e prefeitos.

Enquanto o governo federal diz que sua parte se resume a comprar, estados e municípios alegam que o Ministério da Saúde entregou material incompleto e se queixam da falta de capacidade para processar as amostras e de liderança da pasta nesse processo.

DIFICULDADES NO ES

Procurada, a Sesa confirma que teve problemas na aquisição de testes para o Espírito Santo. “Tanto kits de amplificação quanto de extração automatizada são solicitados mensalmente ao Ministério da Saúde, no entanto, durante a pandemia, só houve envio dos testes para amplificação e não para extração”, afirma.

No entanto, a Sesa nega que esteja havendo um desabastecimento.  Para tanto, adquiriu até o momento 80 mil testes de PCR e está finalizando um novo processo de aquisição de mais 100 mil testes do mesmo tipo. 

"Os kits mais estratégicos no momento são os de extração automatizada de RNA, e o estado adquiriu com recursos próprios kits suficientes para 100 mil amostras", afirma. 

A Sesa esclarece ainda que planeja uma ampliação de testagem entre 3.500 a 4.000 testes diários no Estado. No entanto, com a escassez de insumos no mercado mundial isso ainda não foi possível.

AUMENTO NA TESTAGEM

Durante o curso da pandemia, os critérios de testagem foram ampliados pelo Ministério da Saúde, o que fez com que o número de testes realizados aumentassem. No início eram testados pacientes graves, profissionais da saúde, da segurança e pessoas do grupo de risco.

Mas, a partir da publicação da Portaria 184-R, no fim de setembro, um grupo maior de casos passou a ser testado. “A testagem foi ampliada para todos os contatos intradomiciliares (sintomáticos e assintomáticos) dos casos confirmados de Covid-19 que passaram a ser testados pelo método RT-PCR em tempo real, em até 48 horas, a contar da data do resultado do caso considerado índice”, ressalta a secretaria.

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