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Codesa vai isolar área e remover plataforma que desabou em Vitória

Codesa vai isolar área e remover plataforma que desabou em Vitória

Estrutura na Avenida Beira-Mar caiu nessa terça-feira (17), um mês após denúncia de abandono feita por A Gazeta. Segundo a Codesa, local será isolado e remoção será feita em até 30 dias

Publicado em 18 de agosto de 2021 às 16:27

 - Atualizado há 4 anos

Atualização
18/08/2021 - 19:20hrs
Durante esta quarta-feira (18), parte da estrutura que caiu foi retirada do local, que também recebeu uma interdição para evitar o acesso das pessoas ao mar no trecho que ficou sem guarda-corpo.

Após o desabamento da plataforma usada pelos antigos catraieiros no Centro de Vitória, nesta terça-feira (17), a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) garantiu que vai isolar a área "imediatamente" e fazer a remoção da estrutura em até 30 dias. O abandono do local foi denunciado por A Gazeta em julho, cerca de um mês antes da estrutura cair.

As medidas foram anunciadas pela companhia nesta quarta-feira (18), por meio de nota. Apesar do comprometimento com a retirada da plataforma, a Codesa afirmou que "nunca explorou o equipamento" e que a "operação e manutenção sempre foi de responsabilidade dos próprios catraieiros, que exerciam atividades de transporte público no canal". 

Plataforma que era usada por catraieiros na Beira-Mar está em visível situação de abandono por Fernando Madeira

Já a Prefeitura de Vitória informou que a Companhia Docas do Espírito Santo foi a responsável pela construção da plataforma. Assim como disse o ex-presidente da Associação de Catraieiros, Aderaldo Francisco Alves, que garantiu, inclusive, que a manutenção do local também era feita pela Codesa.

"Enquanto nós estávamos lá (até 2015), a Codesa fazia a manutenção. Depois que tomaram o serviço, abandonaram. É um risco para a população, porque é de ferro e qualquer probleminha pode cortar ou causar algum dano"

Aderaldo Francisco Alves

Ex-presidente da Associação de Catraieiros, em entrevista em julho deste ano

Quando acionado anteriormente, o município alegou que não tinha responsabilidade pela estrutura, ainda que esta fosse acessada diretamente pela calçada da Avenida Beira-Mar, sem qualquer tipo de interdição ou sinalização.

Questionada novamente nesta quarta-feira (18), a Prefeitura de Vitória informou que fez o isolamento da área para evitar o acesso ao mar e realizou a retirada do material que caiu no calçadão. A Defesa Civil municipal também vistoriou o local e fará um laudo que tem prazo de 30 dias para ser concluído.

PERIGO ANUNCIADO: ENTENDA

No início de julho deste ano, A Gazeta denunciou o mau estado de conservação da plataforma, que era utilizada para embarque e desembarque dos antigos catraieiros — condutores de embarcações que faziam a travessia entre Vitória Vila Velha. Sem providências anteriores, ela desabou nessa terça-feira (17).

Pouco após o ocorrido, o fotógrafo Fernando Madeira registrou a estrutura metálica caída, com os pilares de sustentação enferrujados e levantados, invadindo parte da calçada da Avenida Beira-Mar, no Centro da Capital, oferecendo riscos aos pedestres e ciclistas que passam pelo trecho.

Plataforma em Vitória veio abaixo cerca de um mês depois de denúncia por Fernando Madeira

Na ocasião da primeira reportagem, já dava para perceber vários sinais de deterioração da plataforma: o metal estava corroído em vários pontos, de cima a baixo; o chão de concreto apresentava buracos e desníveis; o telhado tinha furos e parte dos corrimões e parapeitos estavam soltos.

Outro agravante da situação é que o espaço, embora já não fosse utilizado com a finalidade inicialmente proposta, era totalmente acessível aos pedestres. Como fica na região do Porto de Vitória, com vista para o Morro do Penedo, muitas pessoas paravam no local para apreciar a vista, fotografar ou pescar.

Apesar da queda da plataforma, o Corpo de Bombeiros esclareceu que não foi acionado para atender ocorrências no local. Felizmente, não há informações de que alguém tenha se ferido com o desabamento. Nas tentativas anteriores de contato, a Codesa não havia se posicionado a respeito do assunto.

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