Publicado em 26 de outubro de 2020 às 06:00
A malha cicloviária de Vitória está passando por reformas. A obra, avaliada em cerca de R$ 6,3 milhões, teve início em 30 de setembro e prevê a recuperação e adequação de 30 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas em vários pontos da cidade até o fim de novembro. >
De acordo com a Prefeitura de Vitória, o primeiro passo da obra foi a fresagem (retirada de toda a camada de pavimento asfáltico) das ciclovias e melhoria do sistema de microdrenagem, para escoamento de águas das chuvas. Em seguida, será realizado o asfaltamento de cada uma delas.>
A sinalização dos trechos e realização da conectividade em todas as ciclorrotas é outro passo destacado pela prefeitura. As ciclorrotas são zonas compartilhadas de circulação entre ciclistas e veículos, onde há zona reduzida de velocidade. O objetivo é interligar a malha cicloviária aos bairros da cidade.>
A obra de manutenção e recuperação das ciclovias atenderá diferentes pontos da capital. A PMV informou que serão atendidas as seguintes localidades: >
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O crescente número de bicicletas nas ruas mudaram o cenário dos veículos no trânsito. Em junho de 2020, uma pesquisa da Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike) revelou que o país apresentou crescimento nas vendas de bikes em maio, junho e julho em relação ao mesmo período no ano anterior. >
Para trazer segurança aos usuários, as ciclovias, ciclorrotas e ciclofaixas são criadas nas cidades e, apesar de terem nomes parecidos, suas características são distintas. Entenda as diferenças:>
Ciclovia
Ciclorrotas
Ciclofaixas
A Prefeitura de Vitória informou que o projeto prevê que a malha cicloviária da capital seja de 50 km entre ciclovias, ciclorrotas e ciclofaixas. >
Há 30 anos a rotina do professor Fernando Braga é movida pelas rodas de uma bicicleta. A paixão pelo veículo fica explícita quando ele conta que passou por vários países em conferências e lançamentos de novos modelos de bicicletas e chegou a realizar um circuito de 200 km de bike num único dia. >
O professor conta que as vantagens que ela oferece o levaram ao cicloativismo. Pedalar ajuda a manter um bom condicionamento físico, consequentemente, evita o sedentarismo e ainda elimina o estresse do trânsito. Passar 50 minutos pedalando é muito mais prazeroso que 1h10min dentro de um ônibus lotado ou encaixotando dentro de um carro, explicou. >
O professor revela que até pouco tempo atrás fazia percursos de cerca de 50 km diariamente entre Vitória, Vila e Cariacica. Por isso, ele ressalta a importância da manutenção e criação de ciclovias, ciclorrotas e ciclofaixas para dar opção ao usuário nas cidades. >
Fernando acredita que além da reforma, as ciclovias precisam ser expandidas, além de reduzir a velocidade urbana nas vias da cidade para aumentar a segurança dos ciclistas. "Manutenção é imprescindível, temos que resgatar os modos ativos (bicicleta e caminhada) perdidos para os automotores", afirma. >
O ativista se mostra otimista e comemora as conquistas na capital. "O piso é importante, por isso conseguimos avançar e fazer as novas (ciclovias) em concreto. As antigas estão trocando o asfalto. Acredito que fique bem melhor", comenta Fernando.>
No entanto, Fernando relata que os ciclo usuários precisam de mais segurança em suas rotas, sobretudo, em espaços que as bicicletas disputam com veículos pesados. >
O Código de Trânsito Brasileiro fala nos artigos 201 e 220 sobre a segurança aos usuários de bicicletas no trânsito. Deixar de reduzir a velocidade do veículo ao ultrapassar ciclista é considerado infração grave e a pena é multa. Motoristas de veículos precisam guardar distância lateral dos ciclistas de 1,5m no ato da ultrapassagem. >
O representante do movimento Ciclistas Urbanos Capixabas, Fernando Braga, analisa que devem ser feitas campanhas de educação no trânsito aos veículos motorizados, como carros, motos e caminhões. O ciclousuário precisa ser respeitado, ter segurança e condições para circular a cidade, destaca. >
Israel Zuqui é aluno do 23° Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta, sob supervisão da editora Érica Vaz. >
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