> >
Chuva: mais de 300 mil pessoas moram em áreas de risco geológico no Espírito Santo

Chuva: mais de 300 mil pessoas moram em áreas de risco geológico no Espírito Santo

Levantamento realizado pelo Serviço Geológico Brasileiro com o apoio das defesas civis do Estado e municípios, aponta que o ES totaliza ainda  1.060 pontos com algum risco, com  70.990 moradias construídas nestes locais

Publicado em 25 de outubro de 2020 às 11:27

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Chuva na Grande Vitória
Os moradores residentes nas áreas de encostas e morros correm mais riscos com deslizamentos e outras movimentações de terra. (Fernando Madeira)

O Espírito Santo é um dos Estados brasileiros com 100% do território mapeado pelo Serviço Geológico do Brasil. Desta forma, todas as regiões de risco geológico dos 78 municípios capixabas estão catalogadas. A entrega dos últimos mapeamentos foi realizada no primeiro semestre de 2020 referente aos municípios de Alfredo Chaves, Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, Colatina, Marechal Floriano, Afonso Cláudio, Mimoso do Sul e Rio Novo do Sul.

O detalhamento deste levantamento, iniciado em 2012 e finalizado em 2019, com o apoio da Defesa Civil Estadual e também dos municípios, apontam que cerca de 317 mil pessoas vivem em mais de 70.990 moradias localizadas em aproximadamente 1.060 setores de risco geológico, segundo o mapeamento do SGB-CPRM.

Recentemente, a própria Defesa Civil do ES informou que existem no Estado mais de 800 áreas de mais risco em todo o território do Espírito Santo. O levantamento feito pelo SGB considera todos os pontos catalogados, de maior ou menor risco.

Chuvas no ES - mais de 300 mil pessoas moram em áreas de risco geológico no Espírito Santo

O Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) realiza desde 2012 o trabalho de setorização das áreas de risco geológico do país. Desde então, até 2020, mais de 1600 municípios do país já foram mapeados. Este trabalho é realizado Departamento de Gestão Territorial (Deget) do SGB, por meio da Divisão de Geologia Aplicada (Digeap), e busca identificar e caracterizar atributos do meio físico em relação ao risco geológico.

Em função dos indícios observados em campo, o grau de risco pode ser classificado em baixo, médio, alto ou muito alto, sendo os dois últimos os objetos principais do projeto. A setorização é uma ação de extrema importância, pois orienta a tomada de decisões dos órgãos estaduais e municipais para reduzir os danos materiais e perdas de vidas humanas em eventuais deslizamentos, escorregamentos, erosões diversas, assoreamentos ou inundações. Tanto a Defesa Civil Estadual como as municipais possuem os relatórios respectivos do Estado e das cidades.

APRIMORAMENTO

No mês de setembro, o SGB capacitou 163 profissionais que atuam nas Defesas Civis Estadual e Municipal, Corpo de Bombeiros, funcionários de prefeituras e voluntários, incluindo representantes capixabas. A capacitação foi realizada na modalidade de Educação a Distância e teve o objetivo de aprimorar o conhecimento técnico dos agentes para as atividades de percepção e mapeamento de áreas de risco geológico.

Este vídeo pode te interessar

O curso foi dividido por municípios participantes em quatro módulos, de acordo com os principais processos geológicos ou hidrológicos observados nas localidades. Esta divisão permitiu que fossem dadas aulas específicas em cada módulo, com ênfases em erosão costeira, movimentos de massa, inundação, e um grupo específico ligado ao monitoramento hidrológico da Bacia do Rio Doce, situada entre o Espírito Santo e Minas Gerais.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais