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Após festas de fim de ano, ES prevê aumento da pressão hospitalar

Após festas de fim de ano, ES prevê aumento da pressão hospitalar

Nésio Fernandes disse que o Espírito Santo vive um comportamento novo na pandemia e que festas foram gatilhos para aumento de casos, mas afirmou que o Estado tem condições de garantir acesso aos leitos a todos os pacientes

Publicado em 10 de janeiro de 2022 às 16:04

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ES espera ampliar a oferta de leitos de UTI para pacientes com Covid nas próximas semanas
Leitos de UTI para atendimento de pacientes da Covid-19. (Hélio Filho/Secom-ES)

Cinco dias após anunciar a expansão de 300 leitos UTI/enfermaria para tratamento de pacientes de Covid-19 e gripe, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, voltou a chamar atenção para um aumento na pressão hospitalar no Espírito Santo. Em pronunciamento nesta segunda-feira (10), o secretário disse que o Estado vive um comportamento novo e diferente, impulsionado pela predominância da Ômicron - que representa 97% dos casos da Covid, além da epidemia de gripe enfrentada desde a segunda quinzena de dezembro.

Na avaliação de Nésio Fernandes, as festas de fim de ano serviram como um "gatilho" para o aumento do número de casos de Covid-19. O aumento de casos gera um efeito em cadeia de buscas por testes, consultas, medicamentos, atendimento médico e internações — nos casos mais graves — que tem chamado a atenção das autoridades pela velocidade, pressionando todo o sistema ambulatorial e hospitalar.

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Se trata de um comportamento novo e diferenciado, tanto na velocidade quanto no impacto no número de óbitos e internações. Não acreditamos que seja apenas uma oscilação por conta das festas de fim de ano. As aglomerações foram gatilhos que podem ter desencadeado para uma nova onda de casos

Nésio Fernandes
Secretário de Estado da Saúde
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Números apresentados durante pronunciamento mostram que a quantidade de casos da Covid-19 cresceu entre o fim do mês de dezembro e o início de 2022. O aumento de casos gerou maior procura por testes e, consequentemente, risco ao sistema hospitalar.

Apesar da previsão, Nésio ressalta que a pressão hospitalar projetada para as próximas semanas está dentro das capacidades do Estado de garantir acesso aos pacientes. O alerta, assim com a expansão de leitos, serve justamente para evitar o que o secretário chamou em ocasiões anteriores de "cenário de maior complexidade".

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Entendemos que a nova expansão da curva de casos no Estado deverá ter um maior impacto na pressão ambulatorial, na pressão por serviços, por uma avaliação médica, pela testagem e pela emissão de atestados de trabalho. Deverá exigir dos gestores, dos sistemas públicos e privados medidas de preparação para um comportamento novo da pandemia

Nésio Fernandes
Secretário de Estado da Saúde
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AUMENTO JÁ É PERCEBIDO EM UTIS DO ESTADO

A previsão é que mais pessoas busquem atendimento médico nas próximas semanas por conta de sintomas respiratórios. Mas o aumento nas internações já pode ser percebido, de acordo com o secretário.

Informações divulgadas no pronunciamento dão conta que no dia 20 de dezembro, 126 pacientes estavam internados em Unidades de Terapia Intensiva no Estado. O número, como mostra o Painel Covid-19, chegou a 279 no domingo (9). Foram 153 pessoas a mais internadas em UTIs do Espírito Santo no período.

Veja abaixo a atual ocupação de leitos Covid no Espírito Santo. São considerados apenas os leitos disponíveis, sem considerar as possíveis futuras ampliações.

  • UTI COVID: 384 disponíveis - 279 ocupados - 105 livres - ocupação de 72,66%
  • ENFERMARIA COVID: 239 disponíveis - 160 ocupados - 79 livres - ocupação de 66,95%
  • TOTAL COVID: 623 disponíveis - 439 ocupados - 184 livres - ocupação de 70,47%

Dados de ocupação de leitos no ES,
Dados de ocupação de leitos no ES - 09/01/2022. (Reprodução Painel Covid-19)

O QUE FAZER PARA EVITAR?

O secretário de Saúde classifica como uma "fortaleza" a cobertura vacinal alcançada pelo Espírito Santo contra a Covid-19. Segundo Nésio, o impacto da nova expansão de casos e óbitos deverá ser mitigada principalmente pelas vacinas disponíveis.

"Temos um percentual de cobertura vacinal que protege a população, dando resposta imunológica no combate à Covid-19", comenta.

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