Publicado em 4 de maio de 2020 às 11:25
Após quase 60 anos de dedicação à medicina, o alergista Visadal Santos se despediu do trabalho ao anunciar, em novembro de 2019, sua aposentadoria para tratar uma insuficiência renal. Mas esse descanso, mesmo com a doença, durou bem menos do que todo mundo inclusive ele imaginava. >
Aos 82 anos, o médico decidiu voltar a trabalhar agora em maio para ajudar no combate ao novo coronavírus, atendendo de forma gratuita em um consultório de Colatina.>
Natural de Nanuque, em Minas Gerais, Visadal já atuou em diversas cidades como Colatina, São Gabriel da Palha, Pinheiros, Nova Venécia e São Mateus, além de atender pacientes em Teixeira de Freitas, na Bahia.>
Em novembro, A Gazeta mostrou que o médico, que também é dermatologista, se emocionou ao se despedir daqueles que ele acreditava que eram seus últimos pacientes. Mas no meio desse descanso, veio a pandemia e falou mais alto o amor enorme pela profissão.>
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Como sua especialidade, de alergista, teve um aumento de procura na pandemia, o médico, sensibilizado com a luta contra o coronavírus, decidiu voltar ao consultório apesar de ter mais de 80 anos e fazer hemodiálise três vezes por semana para ajudar pacientes que não têm condição financeira de pagar consulta. >
"Depois que ele adoeceu veio para Colatina e encerrou suas atividades em novembro de 2019. Sabendo da necessidade de médicos, principalmente na área dele de alergia, ele quis voltar e atuar para ajudar. Ele me disse que queria muito voltar a atuar e ajudar ao próximo para se sentir vivo", contou a filha de Visadal, a dentista Carolina Mendes.>
A dentista revelou que a família decidiu apoiar o médico, apesar da preocupação com o contágio do coronavírus. "Ele sempre teve esse amor e dedicação pela profissão. Ele ama o que faz", revelou.>
Visadal Santos começou o tratamento contra insuficiência renal em 2019. Ela ocorre de duas formas, podendo ser aguda (IRA), quando ocorre súbita e rápida perda da função renal, ou crônica (IRC), quando esta perda é lenta, progressiva e irreversível.>
Na forma crônica, como é o caso do dermatologista, a doença acarreta perda da função renal maior que 85% e leva ao aumento de toxinas e água no organismo mais do que ele consegue suportar, sendo necessário, então, iniciar um tratamento que substitua a função dos rins.>
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