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Como funciona a primeira fábrica coletiva de azeite extravirgem do ES

Como funciona a primeira fábrica coletiva de azeite extravirgem do ES

Fábrica em Santa Teresa tem capacidade para processar 100 quilos de azeitona por hora; expectativa é que setores de turismo e gastronomia sejam beneficiados

Publicado em 31 de março de 2024 às 09:16

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Fábrica pode ser utilizada por todo produtor de olivas do Estado
Fábrica pode ser utilizada por todo produtor de olivas do Estado. (Freepik)
João Barbosa
Repórter / [email protected]

Espírito Santo agora conta com uma fábrica de azeite para uso coletivo. O empreendimento, situado em Santa Teresa, na Região Serrana do Estado, tem capacidade para processar 100 quilos de azeitonas por hora.

De acordo com o titular da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca do Espírito Santo (Seag), Enio Bergoli, dos 300 hectares de áreas plantadas de azeitonas no Estado, cerca de 100 estão concentrados em Santa Teresa.

“A expectativa com a fábrica é criar oportunidade para o aumento da produtividade e rentabilidade do produtor rural, agregando valor, conhecimento e o uso de novas tecnologias para atender à demanda com as oliveiras”, disse Enio.

Para a instalação da estrutura, a Seag desembolsou R$ 597.438,70, visando ao crescimento da geração de receita para famílias que cultivam oliveiras no Estado.

Segundo Ricardo Serro, presidente Associação dos Olivicultores do Espírito Santo (Olives), todo olivicultor capixaba poderá fazer o uso das instalações da nova fábrica.

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Para garantia de uma qualidade superior do azeite tipo extra-virgem, é fundamental o processamento das azeitonas quase que imediatamente após a colheita. O local [da fábrica] foi reformado pela Prefeitura de Santa Teresa, e os equipamentos foram adquiridos pelo convênio com o governo do Estado

Ricardo Serro
Presidente Associação dos Olivicultores do Espírito Santo
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Para o presidente da Olives, a novidade traz conforto e segurança aos produtores locais. “Isso faz com que o produtor tenha seus frutos processados no Estado, garantindo um azeite extra-virgem de qualidade superior com uma logística mais acessível”.

Em relação à economia capixaba, com a nova fábrica, Ricardo projeta crescimento em setores como gastronomia e turismo. “Hoje, ainda não temos números consolidados, mas podemos dizer que o azeite é um produto de altíssimo valor agregado e muito apreciado, o que, consequentemente, trará receitas em vários segmentos”, pondera.

Cultivo em crescimento

Atualmente, o Espírito Santo tem, aproximadamente, 300 hectares de área plantada de azeitona, envolvendo cerca de 180 produtores, com abrangência em 20 municípios dos 23 da Região Serrana do Estado voltados para o desenvolvimento da atividade.

Com a nova fábrica, a expectativa é que mais produtores capixabas passem a cultivar oliveiras. Para isso, a Seag realiza, por meio do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), todo um trabalho de orientação e assistência técnica com os produtores que têm investido nessa atividade, buscando técnicas modernas de cultivo e produção de azeite.

“A olivicultura no Espírito Santo é relativamente nova e passamos atualmente por muitos desafios inerentes ao pioneirismo de qualquer atividade. A produção e a produtividade dos olivais ainda estão aquém das nossas expectativas e entendemos que a pesquisa é de fundamental importância para o desenvolvimento e crescimento dessa cultura no nosso Estado”, explica Ricardo Serro.

Segundo a Seag, o primeiro azeite capixaba de caráter experimental proveniente da Unidade de Observação foi produzido no ano de 2018 e, em 2021, foi extraído o primeiro azeite extravirgem dos plantios comerciais e o processamento já foi realizado em terras capixabas. O Estado já conta com seis marcas de azeites extravirgem, com aroma e sabor diferenciados, genuinamente capixabas.

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