Publicado em 5 de setembro de 2020 às 06:00
Desde o início da quarentena, o setor de restaurantes é um dos que mais sofre com as restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus. Para sobreviver ao período crítico do isolamento sem fechar, inúmeras casas recorreram ao delivery, mas o faturamento apenas com essa modalidade é inferior ao do atendimento presencial. >
Com a desaceleração do contágio pela Covid-19 no Espírito Santo, um público cada vez maior está voltando a frequentar os salões, que passaram por adequações às regras sanitárias e de distanciamento social. Alguns empresários, porém, adiantaram-se ao momento criando novos espaços abertos, ao ar livre, para oferecer ainda mais segurança aos clientes. >
O Café Bamboo, na Praia do Canto, inaugurou no último dia 1/09 um anexo em seu "quintal", após ficar cinco meses fechado. O novo espaço, batizado de Bamboozal - O Quintal do Bamboo, fica atrás da cafeteria, em uma área de estacionamento que pertence ao salão de beleza Francisco Guasti. >
"Apresentamos o projeto ao Francisco em abril e ele topou na hora, cedendo para nós uma parte do estacionamento. Em contrapartida, fizemos melhorias no piso, reformamos banheiro, construímos um deque de madeira e um pergolado e instalamos um contêiner", conta um dos donos do café, Djan Bastos. >
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Além de Djan, estão à frente da empreitada seu irmão e sócio, Leandro; sua esposa, Rhayana Davies, e a mãe dela, Margô Loureiro. As duas comandavam o restaurante e pizzaria Santíssimo, em Vila Velha, que não está mais funcionando. "Trouxemos muitos equipamentos do Santíssimo para a cozinha do Bamboo, que teve a capacidade ampliada. Os toldos e os móveis de madeira de demolição também vieram de lá", complementa. >
O salão e a varanda originais da cafeteria tiveram a quantidade de mesas reduzida, e o Bamboozal surge como um bom lugar para conhecer o novo café da manhã da casa, servido das 10h às 14h, a R$ 29 por pessoa. Outra novidade do cardápio é o parmegiana light, sem empanamento e fritura, acompanhado de purê de batata. >
O restaurante grego de Vitória fechou no dia 20/03 e só retornou às atividades no dia 18/08, com novo nome, Alas (antigo Thalassa), novidades no cardápio e ambiente reformado. Embora os planos de construir uma cobertura na área externa existissem pouco antes da pandemia, o novo pergolado veio a calhar. >
"Nós também já prevíamos que após a quarentena aumentaria a procura por restaurantes com espaços abertos, então, aproveitamos essa pausa para tocar a obra", explica a sócia-proprietária Juliana Sivieri. "Optamos por um pergolado de madeira pintada de branco, bem ao estilo grego, e uma cobertura de policarbonato com revestimento de bambu, que além de proteger da chuva, ameniza a temperatura", completa. >
No espaço onde caberiam 70 pessoas sentadas, hoje são recebidas no máximo 30, e a ventilação natural é um atrativo além da vista para o Canal de Camburi. "Quando reabrimos, a maioria dos clientes já ligou reservando na área externa. Antes a prioridade era da varanda lateral", comenta Juliana, que anuncia uma novidade para breve: um bar em forma de barco com uma ampla carta de drinques que inclui criações do bartender grego Kostas Patelis.>
No Parque das Castanheiras, o restaurante Don Aguilar já é conhecido por seu espaço ventilado e pela área com mesas ao ar livre. Desde abril, uma nova alternativa tem conquistado os frequentadores: o parklet sob uma frondosa árvore em frente à casa, idealizado antes da pandemia mas providencial em tempos de Covid-19.>
Projetado pelo arquiteto Eduardo Trigo, o ambiente é mantido pelo restaurante porém não é de uso exclusivo dos comensais. "Quando há clientes no parklet, espaçamos as mesas e atendemos seguindo todas as normas de segurança. Quem chega mais preocupado, acaba acalmando depois de passar um tempo ali", conta Fabrício Salvador, um dos proprietários. >
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