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Chamada de Fofão, trans Juju Oliveira surge desfigurada após silicone

Chamada de Fofão, trans Juju Oliveira surge desfigurada após silicone

Transexual, que assume viver da prostituição, relatou drama após injetar silicone industrial no rosto e conta com equipe médica para ajudá-la

Publicado em 31 de agosto de 2020 às 08:47

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Chamada de Fofão, trans Juju Oliveira surge desfigurada após injetar silicone industrial no rosto
Chamada de Fofão, trans Juju Oliveira surge desfigurada após injetar silicone industrial no rosto. (Reprodução/Instagram @oliveirajuju358/Montagem A GAZETA)

A trans Juju Oliveira, gaúcha de Passo Fundo, impressionou os internautas na última semana ao surgir completamente desfigurada por aplicar cerca de 250 ml de silicone industrial no rosto. O procedimento ficou com o resultado tão bizarro que a modelo começou a ser chamada de Fofão, pela semelhança com o personagem famoso dos anos 80, mas aproveitou o momento para desabafar sobre a realidade das travestis e transexuais no Brasil. 

Ela diz que começou a se prostituir aos 14 anos de idade após ser colocada para fora de casa. Com o procedimento, fala que agora quer um médico para ajudá-la na reversão do caso. “Eu só queria uma harmonização e fiz isso. Tive minha culpa também por confiar numa pessoa que fugiu sem deixar pistas, um nome e um endereço. Se eu soubesse quem é de verdade, eu mesma teria denunciado. Agora, os médicos me disseram que podem me ajudar a retirar o produto do rosto. Se vou voltar a ser a mesma de antes, não garantem”, disse em entrevista ao jornal Extra. 

Os seguidores de Juju queriam se mobilizar para ajudá-la financeiramente, mas não é isso o que a trans quer: "Não quero dinheiro. quero ajuda. Nunca fiz vídeo para querer dinheiro de alguém. mas para pedir respeito e que as pessoas entendessem minha tristeza e meu incômodo”. 

EXPULSA DE CASA 

Ao manifestar os primeiros sinais da transexualidade, Juju foi incompreendida e expulsa de casa pelos pais. “99% dos travestis que estão nas ruas foram expulsos pelas famílias. Aos 14 anos tive que ir para a rua. Só encontrei lugar numa boate, que me acolheu, me dando um lugar para dormir e um prato de comida. Ali fui ficando e comecei a me prostituir”, lembrou. 

“Hoje em dia, tudo é mais controlado. Mas naquela época, quanto mais novas, melhor para eles. Uma mina de dinheiro. Mas o que podemos fazer? Eu precisava de um teto, um chuveiro para tomar banho, ter o que comer”, completou. 

Atualmente, Juju mora na casa do pai, que a aceitou de volta. “Depois de alguns anos, eles entenderam tudo e me aceitaram. Hoje estamos bem. Na época eles não entendiam o que estava acontecendo, era tudo muito novo. Tinham medo de que eu fosse sofrer. Eu entendo a preocupação da família”, garante ela que, porém, não largou as ruas. “Embora depois do procedimento tenha ficado mais difícil conseguir meu sustento. Antes eu fazia por dia nove programas, agora, no máximo três. Isso porque tem clientes que não me olham como uma aberração, com preconceito. Sabem que estou inchada. Mas a maior parte não quer saber”, lamentou à publicação. 

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