Pedra Azul deve estar sempre ao alcance dos olhos de todos

Isso vale não somente para a Pedra Azul, mas para outros pontos do Estado que estão testemunhando um crescimento vertiginoso no setor imobiliário

Publicado em 07/03/2025 às 01h00
Voo de balão em Pedra Azul
Voo de balão em Pedra Azul. Crédito: Instagram/@voe.pedraazul

A Pedra Azul é tão monumental que não cansa de impressionar quem a observa: uma imagem de drone publicada no perfil de A Gazeta no Instagram há algumas semanas trouxe um ângulo pouco conhecido da parte mais emblemática da formação rochosa no município de Domingos Martins: o lagarto visto de cima.

A Pedra Azul é exuberante também pelas mudanças de tonalidade da rocha, o que a coloca na condição de uma riqueza natural única do Espírito Santo. Estar diante dela é, sem exagero algum, se embasbacar com tanta beleza, de qualquer ponto do qual seja contemplada. Uma paisagem que precisa ser preservada para as próximas gerações.

A expansão imobiliária contribuiu para o desenvolvimento à região, e vale mencionar que, sem infraestrutura, o turismo pulsante que vemos hoje ali não conseguiria evoluir. O setor é e será ainda mais imprescindível para a economia capixaba, como já foi abordado neste espaço em outras oportunidades, e Pedra Azul é definitivamente um destino diferenciado, capaz de atrair ainda mais visitantes.

Justamente por isso, o maciço rochoso precisa estar ao alcance dos olhos: da vigilância constante do poder público e da própria sociedade, como da apreciação de quem visita a região, sem obstáculos erguidos sem o devido cuidado, em locais inapropriados. É uma questão ambiental da qual depende a própria sustentabilidade do turismo. Sem essa proteção, abarcando também a fauna, a flora e os recursos hídricos, o turismo se torna predatório e decreta sua própria derrocada.

Isso vale não somente para a Pedra Azul, mas para outros pontos do Estado que estão testemunhando um crescimento imobiliário vertiginoso. A região rural de Santa Teresa é um exemplo, bem como Buenos Aires, em Guarapari. É preciso levar desenvolvimento e infraestrutura a esses locais com potencial turístico, mas de forma organizada, com regras de ocupação dos espaços.

É importante que o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Domingos Martins, tenha solicitado ao Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e à Secretaria de Estado da Cultura (Secult) que se antecipem ao processo de tombamento da Pedra Azul para já proteger a sua vista, diante da aceleração da ocupação urbana no seu entorno.

Basta lembrar da instalação de uma antena de telefonia camuflada de coqueiro em frente ao cartão-postal capixaba para perceber a necessidade de haver regras sobre a preservação da paisagem. O tombamento vai evitar essa poluição visual e garantir que a Pedra Azul possa continuar sendo avistada por todos, independentemente do poder aquisitivo.

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