ES se une e se fortalece contra a desinformação

Força-tarefa dos Três Poderes estaduais e de outras instituições capixabas relevantes  é o engajamento esperado pela sociedade contra estratégias de comunicação que tentam influenciar a opinião pública com informações falsas

Publicado em 26/02/2025 às 01h00
Desinformação
Desinformação encontra terreno fértil na internet. Crédito: memyselfaneye/ Pixabay

O compromisso firmado nesta segunda-feira (24) pelos Três Poderes do Espírito Santo – Executivo, Legislativo e Judiciário – e mais sete instituições públicas contra a desinformação é uma iniciativa inédita contra esse mal dos nossos tempos, mas de certa forma traz memórias da movimentação política e empresarial que, nos anos 2000, conseguiu tirar o Espírito Santo do abismo institucional em que se encontrava.

É um novo combate, os inimigos são outros, mas se inspirar nesse êxito da sociedade civil capixaba em um passado nem tão remoto assim pode ser importante, ao mostrar que, por mais que não pareça haver saída para os problemas, quando eles são encarados coletivamente é possível encontrar a solução. 

E são justamente as instituições que se encontram ameaçadas pelo efeito corrosivo da desinformação. Essas estratégias de comunicação tentam influenciar a opinião pública com informações falsas e têm o propósito de confundir o debate e se favorecer desse ambiente fragilizado.  É a própria democracia que está em jogo.

Obviamente, há medidas a serem tomadas em nível nacional, como a regulamentação das redes sociais para que haja algum controle sobre as informações e as devidas punições a quem promove e financia essas estratégias de desinformação em escala industrial.

Já passamos por uma pandemia para saber, por exemplo, o tamanho do impacto da disseminação de mentiras na saúde pública. A desinformação se espalha como vírus sem o contraponto da imprensa livre e profissional. Mas essa imprensa precisa chegar a quem interessa.

É nesse sentido que a união institucional no Espírito Santo pode fazer a diferença, estimulando a transparência e a educação midiática, para que as informações possam seguir o fluxo, intermediadas pela apuração do jornalismo profissional. É importante que as intenções de cada instituição signatária desse termo de cooperação se traduzam em ações que valorizem as boas práticas de comunicação e eliminem os ruídos, se eles existirem. A força institucional desse grupo pode contribuir para que o público tenha a consciência plena do que é a informação de qualidade e confiável. É isso que pode ajudar a virar o jogo.

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