Comando Vermelho no Norte do ES: tráfico não pode criar raízes

Operação demonstra o empenho das autoridades para conter a expansão da criminalidade no Norte e Noroeste do Estado

Publicado em 12/06/2025 às 01h00
Operação do MPES visa desarticular organização do tráfico de drogas em Rio Bananal e região
Operação do MPES visa desarticular organização do tráfico de drogas em Rio Bananal e região. Crédito: Divulgação/MPES

Já faz algum tempo que crimes violentos ligados ao tráfico de drogas estão mais comuns no interior, acendendo um alerta da sociedade sobre as estratégias das facções que, em busca de novos mercados consumidores de entorpecentes, acabam disseminando ainda mais violência.

Acaba não sendo uma surpresa que, em Rio Bananal, no Norte do Espírito Santo, exista uma facção ligada ao Comando Vermelho, diante da forma como essas organizações estão infiltradas em todos os cantos do país (e até no exterior, como é o caso do PCC).

A questão é não permitir que as dinâmicas do tráfico se enraízem a ponto de não poderem mais ser extirpadas. Nesta quarta-feira (11), uma operação chamada apropriadamente de "Bandido Não Se Cria" foi deflagrada para aprofundar as investigações que já indiciaram mais de 45 pessoas por tráfico e associação ao tráfico. Os cumprimentos dos mandados de busca e apreensão e de prisão ocorreram em Rio Bananal, Serra e Fundão, no Espírito Santo, e em Itabuna e Camacan, na Bahia. 

A operação foi realizada pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Rio Bananal e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO-Norte), com o apoio da Assessoria Militar do MPES e do GAECO do Ministério Público do Estado Bahia (MPBA), e em conjunto com a Polícia Civil  (PCES).

Uma verdadeira força-tarefa que demonstra o empenho das autoridades para conter a expansão da criminalidade no Norte e Noroeste do Estado. O crime se espalha também pelas cidades maiores, como Colatina, que tem pelo menos dez bairros dominados pelo tráfico, e Linhares, que em janeiro testemunhou assassinatos em série em disputas por pontos de vendas de drogas. Há também investigações da Polícia Civil para apurar a atuação de uma organização criminosa em Sooretama.

Essas operações periódicas são a melhor estratégia para impedir que o crime se estabeleça, ao mostrar que as autoridades estão agindo. Ainda dá tempo de evitar que a situação saia de controle, com regiões e bairros de fato conflagrados. 

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