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Com carne bovina mais cara, criminosos miram caminhões de frigoríficos

Com carne bovina mais cara, criminosos miram caminhões de frigoríficos

Nova modalidade de crime e já supera roubo a carro-forte, revelou jornal. Carga preciosa tem levado caminhões a saírem para a estrada acompanhados de escolta armada

Publicado em 16 de janeiro de 2020 às 21:06

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Carne de boi em açougue de Vitória. (Carlos Alberto Silva)

O preço da carne de boi está nas alturas nos últimos meses com o aumento das exportações para os chineses, provocando queda na oferta no Brasil. No bolso, praticamente todos os brasileiros já sentiram isso na hora de ir ao açougue. Agora quem também tem percebido impactos dessa alta é a polícia, com os crescentes casos de roubo de carga de caminhões frigoríficos.

Reportagem do jornal "O Estado de São Paulo" revelou que no último mês, secretarias de 11 Estados e do Distrito Federal registraram 23 ocorrências de roubos de carne bovina. Algumas tiveram relação com roubo de gado vivo, direto do pasto, mas foram casos isolados.

De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Segurança Privada (Contrasp), a situação de violência contra as transportadoras e frigoríficos colocou as empresas do setor de carnes diante de uma situação inédita: caminhões têm saído para a estrada acompanhados de escolta armada (o que aumenta ainda mais o custo do produto).

Ao jornal, o presidente da Contrasp, João Soares, afirmou que as quadrilhas que têm roubado caminhões de carne são as mesmas que atuavam em ataque a empresas de transporte de valores. Ele explica, com base em relatórios policiais, que os bandidos têm empregado as mesmas técnicas e lançado mão de armamentos pesados.

Com décadas de experiência no setor de segurança, Soares afirma que a escolta de cargas de carne em rodovias é uma demanda nova para o setor. A Contrasp estima que os roubos a caminhões de carne já supera o número de assaltos a carro-forte no país, apesar de ainda não ter os dados detalhados do mês dos crimes na área de valores, diz o Estadão.

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