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Após novo circuit breaker, Ibovespa fecha com queda de 7,64%

Após novo circuit breaker, Ibovespa fecha com queda de 7,64%

Preocupação com efeitos do coronavírus agravou situação do mercado e Bolsa brasileira voltou a ter dia de fontes quedas. Dólar ficou em R$ R$ 4,7226

Publicado em 11 de março de 2020 às 11:03

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Bolsa de Valores de São Paulo, a B3. (Luiz Prado/B3/Arquivo AG)

Em um novo dia de pânico, a bolsa de valores brasileira voltou a operar em forte queda nesta quarta-feira (11). O principal índice da B3, o Ibovespa, fechou o dia com uma queda de 7,64% e 85.171 pontos após a bolsa ter acionado pela segunda vez nesta semana o mecanismo de "circuit breaker" para suspender as negociações durante a tarde.

O novo estresse se deu após a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar que pandemia por causa do novo coronavírus. De acordo com a OMS, o número de casos, mortes e países afetados deve subir nos próximos dias e semanas. Às 15h14, Ibovespa recuou 10,11%, a 82.887 pontos, quando as negociações foram interrompidas por 30 minutos.

Na hora em que entrou no circuit breaker, as ações da Petrobras cediam 12%. A mineradora Vale recuava 10,29% e as principais quedas do índice estavam com as companhias aéreas Azul (-21,28%) e Gol (-19,21%) em função do temor de redução na demanda aérea por conta do vírus.

Quando reabriu, a Bolsa continuou operando ladeira abaixo e, às 16h08, o Ibovespa recuava 12,04%, a 81.113 pontos. 

Desempenho do Ibovespa nesta quarta-feira (11/03). (B3)

DÓLAR

A situação também provocou impacto no câmbio com o dólar subindo, sendo negociado por R$ 4,75 nesta terça. No final do dia, a moeda americana fechou em R$ R$ 4,7226 com uma valorização de 1,62%.

No exterior, as bolsas americanas também operaram em forte queda, 20% abaixo do recorde, com os investidores céticos sobre o plano de estímulo do presidente Donald Trump para combater a epidemia de coronavírus.

TEMOR CONTINUA

O quadro se deu após uma terça de leve recuperação das perdas da segunda-feira de caos no mercado. Os investidores continuam temendo o avanço do coronavírus e que ele provoque uma crise econômica global com efeitos devastadores sobre o Brasil, que ainda está saindo de uma crise local.

Continua também a apreensão pela "guerra" de preços do petróleo. Os contratos futuros da commotidy fecharam o dia em nova queda. O barril de petróleo Brent para entrega em maio recuaram 3,84%, para US$ 35,79 o barril. 

Por causa do avanço do coronavírus, a cotação do petróleo já vinha em queda devido à desaceleração da economia global, o que afeta a demanda por energia. Para tentar conter essas reduções no preço a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) sugeriu, na sexta-feira (6), diminuir a produção para tentar estabilizar os preços da commodity.

A Rússia, porém, se posicionou contra o corte, e a Arábia Saudita reagiu no domingo (8), ao anunciar uma redução no preço de venda e um aumento na produção a partir de abril. Com o anúncio, os preços desabaram e, só na segunda, a cotação do barril teve a maior queda desde a Guerra do Golfo, chegando aos US$ 30. 

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Com informações de agências

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