Publicado em 27 de julho de 2020 às 12:39
Aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) poderão receber, em 2020, um abono anual extra, correspondente ao 14º salário do benefício. >
Tramita no Senado um projeto de lei ( nº 3.657/2020) que pretende pagar o dobro da gratificação aos segurados e dependente do Regime Geral da Previdência Social (RGPS) como forma de compensação ao impacto econômico negativo da pandemia do coronavírus.>
O pagamento, de acordo com a proposta, seria feito apenas em 2020. Neste ano, as duas parcelas do 13º dos aposentados foram adiantadas no primeiro semestre. >
Apresentado no início de julho pelo senador Paulo Paim (PT-RS), o projeto de lei justifica que, devido ao adiantamento do 13º para suporte na etapa inicial da pandemia, os aposentados e pensionistas do INSS não terão qualquer benefício no mês de dezembro.>
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"Assim, o 14° emergencial socorrerá aposentados que fazem parte do grupo de risco e injetará recursos na economia, movimentando o comércio no mês de janeiro de 2021", diz o texto.>
O projeto surgiu na forma de uma ideia legislativa popular apresentada pelo advogado Sandro Gonçalves. A iniciativa foi, então, transformada em uma sugestão, que, por sua vez, teve parecer favorável do senador Paulo Paim. Depois disso, o parlamentar apresentou o projeto de lei com a proposta sugerida no início de julho.>
O Sindicato dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi) defende que os aposentados e pensionistas foram a única classe que não recebeu ajuda do governo federal.>
Empresas, pequenos negócios, profissionais informais e mães chefes de família, por exemplo, foram beneficiados com diferentes tipos de auxílios e incentivos durante a pandemia, como o auxílio emergencial, linhas de crédito e possibilidade de redução de jornada e salário de funcionários.>
"Empresas e trabalhadores foram, justamente, beneficiados em alguma coisa. Só o aposentado que não foi. É uma categoria muito grande que não pode ser esquecida", diz João Inocentini, presidente do sindicato.>
O representante da categoria diz, ainda, que a antecipação do 13º foi benéfica, mas que os segurados gastaram o dinheiro liberado com emergências causadas pela pandemia. De acordo com ele, dados da Previdência Social mostram que 67,5% dos aposentados e pensionistas sobrevivem com um salário mínimo, este ano em R$ 1.045.>
"Muitos aposentados são a principal renda da família. Cerca de 10 milhões de cidadãos economicamente ativos que perderam o emprego passaram a depender da ajuda de familiares beneficiários do INSS", afirma Inocentini.>
A categoria encaminhou ofício ao deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, cobrando posição para que o 14º salário emergencial seja implementado>
Representantes pretendem marcar reunião nesta semana com o chefe do Legislativo para discutir prazos e detalhes do abono.>
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